Comprei “Brütal Legend” no Natal, porque (1) eu queria o jogo e (2) estava com 33% de desconto. Ainda não terminei, mas como estou perto do final e estou à fim de colocar algo aqui no blog, vou fazer uma resenha assim mesmo.

Deixa ver se liguei o fio terra certo... oops!

Você é Eddie Riggs (interpretado por Jack Black), considerado o melhor roadie do mundo, trabalhando para uma banda de… funk-metal? Rap-metal? Sei lá, de qualquer forma, uma molecada tocando um som muito ruim e se chamando de heavy metal. Durante um show, Eddie sofre um acidente e acaba sendo transportado para uma realidade alternativa, um mundo composto inteiramente de temas de heavy metal. Armado com uma guitarra e um machado, você sai pelo mundo para tentar descobrir o que está acontecendo.

O jogo é uma mistura de RTS e jogo de aventura, com missões individuais e muita exploração livre pelo mundo entre grandes combates entre exércitos. Os combates entre exércitos movem a história do jogo para a frente, enquanto a exploração e as missões secundárias permitem ao seu personagem adquirir habilidades e itens para ficar mais forte.

Pera aí, desde quando meu nome é Sam e esta é a Terra-Média?

O mundo criado para o jogo é muito legal, com um visual metal tirado de capas de discos, povoado por tribos que refletem as facetas diversas desse estilo de música. Tem o povo do metal clássico, tem o povo do metal glitter dos anos 80, tem os metaleiros góticos, tem o povo do death metal, etc. Durante as campanhas você inicialmente luta contra essas facções, depois as acaba alistando ao seu exército, sempre movendo em direção do confronto final com o exército de demônios controlados pelo imperador do mundo.

Durante o jogo, enquanto você explora e faz as missões secundárias, também tem a oportunidade de descobrir artefatos que revelam a história passada do mundo e detalham coisas e lugares por onde você passa.

O visual do jogo é fantástico, a paisagem e a história do mundo foram muito bem criadas e a presença de várias figuras importantes da história do metal durante o jogo, tanto em voz quanto nos personagens inspirados neles, é bem bacana.

Psiu! Aí mina, quer dar um rolê?

O bom: dirigir pelo mundo no seu carro, o Deuce (aka Druid Plower), que você ganha logo no começo do jogo e que é um dos seus itens essenciais, junto com o machado e a guitarra. A primeira melhoria que você consegue para o carro, assim que descobre a entrada para o Underworld (onde encontra o Guardião do Metal, interpretado pelo Ozzy Osbourne) é o Mouth of Metal, um rádio que toca heavy metal enquanto você dirige. Eu frequentemente me encontro dirigindo à mais só para terminar de ouvir a música que está tocando, ou então me mantendo próximo ao carro para poder continuar ouvindo.

O ruim: não poder acessar a história do mundo a não ser pelos artefatos, o que obriga você a viajar para todo lado se quiser relembrar um pedaço dela. Além disso, o jogo não marca no mapa onde os artefatos que você achou estão, o que torna essa tarefa praticamente impossível.

Eu detesto jogos de RTS, mas o resto do jogo compensa pelo menos para mim. O problema é que não dá para evitar passar por essas fases, porque senão a história não vai para a frente e você não abre o resto das áreas do mundo. Então eu apanho, apanho, apanho, até conseguir passar… :-)

Avaliação final: se você gosta de heavy metal e não se importa de jogar um tanto de RTS, compre. Se não gosta, talvez seja bom evitar, porque não vai conseguir aturar a trilha sonora do jogo. :-)