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Vasectomizado

(existe essa palavra?)

Voltei agora do médico. A operação foi rápida e indolor, com um mínimo de desconforto. Uma visita ao dentista é muito pior em termos de dor e desconforto.

Estou meio tonto por causa do Valium que tomei 2 horas atrás. E também não sei como vai ser quando a anestesia perder o efeito, mas tudo bem. Tenho uns remédios que o médico receitou para dor, e também tenho que aplicar gelo no local. Levei um ponto só, é um corte pequeno.

Agora é esperar 2 meses para um exame final para comprovar que a operação foi um sucesso, e dali para a frente é só alegria.

Além disso, agora tenho o direito de colocar na minha página o Golden Snip Award.

Falta pouco agora…

Daqui pouco menos de 5 horas entro na faca. Estava aqui pensando que é uma pena que não tenho um notebook com conexão “wireless”, senão poderia blogar direto da mesa de operação… e com imagens via webcam!

Hmmm. Se bem que pensando melhor, talvez seja bom mesmo que eu não tenho notebook. Podia assustar os meus leitores, e tem gente da minha família que lê isto também…

De qualquer forma, se eu não estiver muito dopado, quando chegar em casa eu coloco uma mensagem aqui para contar como foi a cirurgia. Mas me conhecendo bem, é bem capaz de eu capotar na cama quando chegar e só acordar amanhã mesmo.

Assunto delicado

Muito bem, chegou a hora de eu falar de coisas delicadas… pessoas sensíveis por favor saiam da sala.

Segunda-feira à tarde vou ao médico para ele fazer uma vasectomia em mim.

A nossa decisão de nunca ter filhos foi bem discutida, bem avaliada e uma vez aceita, a gente decidiu tomar as precauções necessárias para que não tenhamos que voltar atrás por um descuido ou acidente. Anticoncepcional não faz bem para a Lydia, usar camisinha pelo resto da vida não é uma boa e laqueadura de trompas é uma cirurgia muito mais invasiva do que a vasectomia. Portanto a responsabilidade ficou por minha conta.

Assustado pela palavra “nunca”, acima? Quem tem mais contato comigo sabe que eu sou muito racional e costumo refletir antes de fazer as coisas. Tanto eu quanto a Lydia somos adultos, responsáveis e a esta altura da vida plenamente capazes de tomar decisões que nos afetam a longo prazo e viver com elas.

Meu relacionamento com a Lydia é forte e completo, não necessitando de uma criança para fazer a gente se sentir “uma família”. Não queremos ser “o papai e a mamãe” ao invés do “Mauro e a Lydia”, não queremos perder a nossa identidade como um casal dedicado um ao outro, não queremos perder a nossa liberdade e espontaneidade, não queremos lidar com todo o stress físico, emocional e financeiro que crianças trazem. Além disso eu particularmente apóio a idéia (utópica, eu sei) do “Movimento pela Extinção Voluntária da Raça Humana“.

Os possíveis mas bastante incertos benefícios de se ter filhos não compensam o que perderíamos, portanto já planejamos a nossa vida a dois e estamos felizes com a escolha.

Os comentários de vocês (a favor ou contra) são muito bem vindos, mas já fiquem avisados que a decisão é final e imutável… portanto, tentar me fazer mudar de idéia é perda de tempo. 😉

Mais detalhes sobre este assunto na segunda-feira, depois que eu voltar do médico.

Caminho sem volta

Como minha contribuição à causa da extinção voluntária da raça humana, marquei uma vasectomia para o dia 3 de março.

Agora não tem mais volta. Nossa decisão (minha e da Lydia) de não ter filhos vai estar irrevogavelmente oficializada a partir do começo do mês que vem.

Para falar a verdade essa decisão já estava em vigor, mas as pessoas tendem a ignorar esse tipo de decisão e simplesmente assumem que você vai mudar de idéia depois. Pois bem… eu não vou. :-)

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