Coisas Pessoais
Feliz aniversário
Não, não é post repetido.
Hoje é o MEU aniversário. 😛
Feliz aniversário
Hoje é aniversário da Lydia!
E não percam o post de amanhã.
Perguntas & Respostas
1) Ouvi dizer que você e a Lydia são “childfree”… isso é alguma doença?
Não. “Childfree” (ou CF) são pessoas que, por qualquer razão, decidiram que não querem ter filhos.
2) Aaaah. Entendi. Vocês não gostam de crianças.
Não. Só porque não queremos ter filhos, não significa que não gostamos de crianças.
Por acaso o fato de eu não querer ter uma piscina no quintal significa que eu não gosto de nadar em piscina? Ou de eu não querer ter um urso significa que não acho ursos uma fofura?
Grande parte dos CFs inclusive trabalha com crianças, são professores, voluntários em caridade, etc. O fato deles não terem crianças próprias contribui para que eles possam dedicar energia e tempo para as crianças que já estão por aqui.
Claro que tem CFs que não gostam mesmo de criança, mas qual é o problema com isso? Afinal, é um direito deles. O fato de existirem muitos pais que não gostam de criança é que é uma coisa ruim.
3) Como vocês sabem se não querem ter filhos, se vocês não fazem idéia do que é ter um?
Permita-me discordar. A gente sabe muito bem o que é cuidar de crianças e o que tem que fazer para educá-las. A grande maioria dos CFs não toma essa decisão simplesmente do nada, muito pelo contrário. Eles sabem exatamente as razões por não quererem ter filhos (o que não pode ser dito da grande maioria das pessoas que os tem).
A gente pesquisou, analisou, pesou os prós e contras, e no final decidiu que nossa vida está boa do jeito que está e que não valia à pena bagunçar tudo para ter uma criança.
Eu, pessoalmente, tenho muita experiência em cuidar de criança, tendo participado ativamente na criação dos meus irmãos, principalmente da minha irmã caçula (que nasceu quando eu tinha 13 anos, e de quem cuidava para os meus pais trabalharem). Também fui assistente de chefia de Lobinhos, crianças de 7 a 11 anos. Acho que fiz um bom trabalho em ambas as situações.
Além disso, nossos compadres nos escolheram como padrinhos da filha deles justamente por achar que, se alguma coisa acontecesse com eles, a gente criaria a menina muito melhor do que o resto da própria família deles, pois eles sabem como a gente se relaciona com crianças e conhecem as nossas opiniões e idéias sobre como educá-las.
4) Mas quem vai cuidar de vocês quando vocês ficarem velhos?
Se essa é a razão para você decidir ter filhos, sinto muito mas você tomou a decisão errada.
5) Mas e se vocês se arrependerem de não ter tido filhos?
Boa pergunta… mas uma pergunta melhor ainda é: e se a gente se arrepender de ter tido filhos? Daí é tarde demais, não dá para devolver para a loja e você tem que criar as crianças mesmo não querendo.
Portanto, faz muito mais sentido não arriscar e não envolver alguém que ainda nem existe (e não pediu para existir) na confusão.
Recapitulando:
Ser “childfree” é uma escolha. Ninguém deveria se sentir obrigado a ter filhos simplesmente porque todo mundo tem. Infelizmente isso é o que normalmente acontece, principalmente com as mulheres. Elas ainda são criadas desde pequenas para casar e ter filhos, e nunca ninguém apresenta outra possibilidade para elas.
Não querer ter filhos não necessariamente significa que você odeia crianças, ou só gosta de criticar quem tem. E também não significa que você não sabe o que a decisão de procriar envolve.
A gente, como CF, sofre muita discriminação. Desde os olhares de “coitadinhos deles”, passando pela pressão para mudar de idéia vinda de familiares e conhecidos, o fato da gente pagar muito mais impostos e não receber nenhum dos benefícios adicionais por isso, até chegar nas atitudes agressivas de quem vê a nossa escolha de não ter filhos como um ataque à opção deles de ter (não tem nada a ver, claro, mas infelizmente tem gente que vê assim).
Alguma outra pergunta?
De volta ao lar
Chegamos hoje de madrugada aqui em casa. Acabamos indo dormir lá para as 3 da manhã, pois tivemos que dar atenção para os gatos, dar uma olhada na correspondência atrasada, arrumar as coisinhas mais essenciais, etc.
Os gatos ficaram bem contentes em ver a gente. A Switch cresceu um montão nesta semana que não a vimos, estava uma peste. Só queria saber de correr, pular, morder e miar, não queria nem ficar no nosso colo. Só agora é que deu uma acalmada.
A Bunny e o Van Gogh perderam peso, pois eles não comem direito quando a gente viaja. Ambos estavam com cara de cansados, acho de tanto a gatinha atazanar com eles. A Bunny inventou um miado novo que está usando agora.
A grama está alta e a casa está cheia de pêlos de gato. Precisamos limpar tudo agora, estou esperando o sol abaixar para ir lá fora cuidar do gramado.
Apesar disso, voltar para casa é tão bom…
Por que não eu?
Voltei do psicólogo.
Conversamos, ele me fez montes de perguntas e disse que depois de ter relido tudo o que a gente conversou antes e conversado comigo, ele acha que o meu problema é o ambiente de trabalho mesmo, que não preciso de terapia.
Segundo ele, eu não sou do tipo de pessoa que serve para viver “preso numa gaiola” o dia todo. A sugestão dele foi que eu devia procurar outro emprego, ou numa coisa que eu queira fazer ou pelo menos em outra empresa com um ambiente diferente. A mesma coisa que a Lydia tinha me falado.
Ele disse que se eu quisesse ele podia aumentar um pouquinho a dosagem do remédio que tomo (que é bem pequena), para ajudar a segurar a onda até eu achar alguma outra coisa… eu falei que sim, porque está difícil de achar saco para trabalhar.
Poxa, montes dos meus amigos fazem terapia, por que eu não posso? Assim eu não me sinto “especial”… esse negócio de só tomar remédio não tem graça… 😉
Quero fazer terapia
Recapitulando… um tempo atrás eu comecei a fazer terapia para tratar da depressão. O psicólogo concluiu em algumas sessões que eu não precisava de terapia, meu problema era físico mesmo, e só o remédio já ia ajudar.
Isso tudo aconteceu vários meses atrás, e de fato o remédio ajudou mesmo. Mas acho que a minha resistência aos efeitos negativos de se ficar olhando para um canto de cubículo o dia todo está acabando. Comecei a ficar desanimado outra vez, com dificuldade para trabalhar.
Marquei consulta com o terapeuta para hoje. Vamos ver se ele acha que eu tenho que aumentar a dose do remédio, fazer mais terapia, mudar de emprego, ou qualquer combinação entre essas alternativas.
Aniversário
Ontem foi aniversário do meu pai… só que eu esqueci de postar. Doh!
A Juliana falou que não tinha foto dele para colocar no blog dela, mas como eu sou mais esperto, eu tenho… 😉
Clique na fotinho abaixo para ampliar.
Na foto estão a Roberta e o Nando, em pé atrás da Juliana e meu pai.
Pena que o Dr. Roberto não lê meu blog. Acho que ele ainda não se ligou que ter acesso à Internet 24/7 é essencial para uma vida saudável…
Monstruosidades
Depois dos comentários no meu último post, fiquei com vontade de escrever sobre filmes… especialmente filmes de terror.
Acho que filmes de terror são o meu tipo de filme preferido. Seguido de perto por ficção científica e fantasia. Depois vem o resto em uma ordem não muito bem definida, mas com possivelmente os filmes de faroeste no final da lista.
Será que isso é trauma de infância? Desde criança eu assisto filmes de terror, e até hoje me lembro de muitos deles que assisti, sozinho, muitas vezes à noite. Vampiros, lobisomens, zumbis, outras criaturas das trevas e fenômenos bizarros sempre povoaram a minha imaginação.
Além dos filmes, eu também era leitor assíduo das revistas em quadrinhos do Drácula, Lobisomem, Múmia, Zumbi e Cripta, que trocava semanalmente nas barraquinhas de revistas usadas na feira. Aliás, será que ainda existem essas barraquinhas?
Ainda hoje, essa predileção permanece. Várias das revistas que eu compro regularmente tem alguma queda para o horror e sobrenatural. A minha biblioteca é dominada por livros de horror. Da minha coleção de DVDs, boa parte se concentra nesse tema — só não é maioria por causa da Lydia, que não me deixa comprar os filmes mais podreiras. 😉
Essa fascinação pelo sobrenatural, curiosamente, colide de frente com a minha convicção na não-existência do próprio sobrenatural. Mas pelo menos torna a vida no “interior da minha cabeça” muito interessante. Só não contem isso para o meu psicólogo.
Mas às vezes eu gostaria que essas coisas existissem mesmo, para tornar a vida da gente mais emocionante. Já pensou se para você chegar em casa à noite do trabalho, você tivesse que enfrentar vampiros, zumbis, crocodilos gigantes e etc?
Efeméride
Há exatos 10 anos atrás, eu fui ao restaurante Pantanal (na Avenida Sumaré, em São Paulo) para comemorar o aniversário de uma amiga.
Me sentei perto de uma das pontas da mesa compridona onde estava todo o pessoal. Depois de uma troca de lugares entre as garotas que estavam sentadas ao meu lado, acabei sentado ao lado de uma garota que eu não conhecia, que estudava com a aniversariante.
Talvez por não poder ouvir direito a conversa que acontecia do outro lado dela ou (minha versão preferida) por achar o nosso papo mais interessante, ela acabou se envolvendo na discussão que estava rolando entre eu e os meus amigos ali próximos.
Já deu para perceber de quem eu estou falando, não? Hoje completam-se 10 anos desde que eu conheci a Lydia. Quem diria que ia dar nisto aqui… 😉
Explicando algumas coisas…
Primeiro, o título do meu post anterior, para quem não entendeu, faz parte de um diálogo do filme “Galaxy Quest“. Quem lê este blog faz tempo talvez se lembre que eu já entrei em conflito com meu chefe exatamente por causa dessa frase… cliquem aqui para ver.
Segundo, aparentemente tem mais gente que pensa como eu por aí, incluindo leitores deste blog… quem diria? Eu fiquei agradavelmente surpreso ao perceber que não fui o único a chegar às conclusões que cheguei. Fiquei especialmente satisfeito ao encontrar o artigo sobre o que é ser um livre-pensador, que dos textos que eu citei antes é o que melhor resume minha filosofia de vida.
Terceiro, espero não alienar nenhum dos meus leitores por causa das minhas opiniões. Aos religiosos, como eu disse antes, acho que a religião tem sua utilidade desde que não se torne influência prejudicial (quando passo a ser ativamente contra). Minha opinião é de que o processo que leva uma pessoa a verdadeiramente abandonar as suas crendices é extremamente pessoal e interior, e não dá para ser imposto por ninguém. Por isso não saio por aí pregando ateísmo… acho inútil. Se alguém tem interesse em saber minha opinião eu falo, caso contrário, não fico tentando converter ninguém.
Apesar da minha política normal ser não ficar fazendo propaganda, o caso deste blog era diferente. Sendo um mecanismo meu de auto-expressão, ele meio que incentiva esse tipo de discussão. Já que aqui eu coloco quase tudo o mais na mesa, achei que expor as características que formam a base das minhas opiniões era apropriado.
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