Suicídio no Niagara

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Como disse no post de ontem, um cara se jogou da Rainbow Bridge no sábado.

Nós chegamos na ponte para atravessar para o Canadá ainda durante as operações de resgate do corpo. Não podíamos atravessar enquanto eles não terminassem, então fomos até a beira do penhasco para ver o que estava acontecendo.

Nas fotos estão o helicóptero, a equipe de resgate e os sacos contendo, presumo, o que sobrou do suicida. O cara caiu no gelo que cobre o rio e o grupo de resgate precisou de três sacos para recolhê-lo. A última foto mostra a ponte e o grupo de resgate lá embaixo, para vocês terem uma idéia da altura.

No final das contas, fiquei matutando sobre o que levaria uma pessoa a fazer isso. É chato que alguém tenha que escolher esse tipo de morte, mas sabe-se lá o que a pessoa estava passando.

Eu sou a favor do direito de uma pessoa de querer encerrar a própria vida e acho que a gente deveria poder ter essa escolha de uma maneira mais própria, sem precisar recorrer a pular de pontes ou se jogar na frente de trens. De repente, se o suicídio fosse uma opção legalizada, com passagem mandatória por um psiquiatra para avaliação, quem sabe o problema do cara não poderia ter sido resolvido?

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6 Comments

Rods said:

Concordo em gênero, número e grau.

Defendo essa tese há anos.

Abração !

Mauro said:

Rods, eu também penso assim desde muitos anos atrás. Só nunca comentei aqui porque não surgiu ocasião.

Be said:

É o que eu te disse... tem sempre alguém, tentando se matar, daqueles lados. Eu, graças a Deus (ops *wink*), nunca presenciei nada (qdo estive por lá), mas o jornal local está sempre contando as histórias. Beijocas, Be.

Mary said:

Que loucura, Mauro! Cruz credo.

E olha, respondendo à sua pergunta lá no Montanha: não, família pra mim NÃO acontece apenas quando se tem filhos. Mas, como fui criada com/por minha avó materna, sendo ela a pessoa mais forte na minha criacão, e a única que sempre esteve ali, quando eu precisei de alguém pra suportar os lances dos meus pais, nem PENSARIA em deixá-la de fora de qualquer descricões que por acaso fizesse da minha família. Compreende?

Leila said:

Oi Mauro,
Sabe que eu nunca tinha pensado por esse lado?
Realmente bem interessante o seu ponto, mas acredito ser bem mais complexo do que a gente imagina.
Olha só, imagina isso sendo aprovado no Brasil, o cara está desesperado e quer se matar "hoje". Entra com um processo, pedido legal, vai para o juiz e aí já viu.... para julgar assassino já demora 10 anos, imagina para o nego que ainda PRETENDE se matar....hehehehe
Quando sair a liberação o cara já está bem, e até esqueceu que um dia quis isso, só acumulou papel. =)
Estou brincando, mas é sério.
Claro que concordo que seria melhor que se jogar na frente de um caminhão, que ainda por cima deixa o motorista em maus lençois.
Complexo esse tema.
Beijocas

Ana said:

Oie!
Cheguei aqui porque voce criou uma senha e username pra mim, lembra? Sou amiga da Regina.

Caraca, eu queria ter visto :P Eu sei que e morbido, mas eu fico curiosa mesmo, nao posso fazer nada :P Beijao!

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This page contains a single entry by published on March 21, 2005 4:59 PM.

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