Eu falei das minhas férias?

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Fui lembrado hoje que não comentei sobre as férias que passamos no sudeste americano.

Já se passou um certo tempo então o assunto não é mais atual, mas pelo bem da continuidade temporal, vou comentar. As fotos eu já coloquei neste álbum.

Passamos uma semana andando de carro por aqui. É verão nos EUA, e o calor não deixava dúvida disso.

Pelo menos para quem visita, a região tem bastante coisa bonita para ver. Muitas áreas desérticas, muitas áreas florestadas e cenários muito lindos.

Também tem muita pobreza. A maior parte da região é composta por reservas indígenas, e não me parece que rola muito dinheiro por lá não. Os índios realmente levaram nabo... passaram de nações que tinham tudo para uma minoria que não tem nada, o que é muito triste.

De qualquer forma, como todo bons turistas, deixamos as preocupações sociais em casa e fomos para lá nos divertir. Ou tentar...

A gente acabou indo fazer essa viagem por que tínhamos umas passagens aéreas que precisávamos gastar, que sobraram por causa de... bom, mas isso já é outra história. O fato é que tínhamos essas passagens e um casal de amigos nossos também, então acabamos combinando de ir viajar juntos. Além de nós quatro, foram também as duas crianças pequenas deles.

As crianças, apesar da choradeira e gritaria constantes, não foram nem o problema maior. O que realmente acabou com o clima da nossa viagem foram os pais delas brigando e discutindo o tempo todo, com e por causa das crianças.

A viagem toda comprovou todas as idéias que a gente tem sobre não querer ter filhos... nem vou entrar em detalhes porque senão não acabo este post. ;-)

No final das contas acabaram ficando de cara virada para a gente também, e já na segunda-feira a gente já queria voltar para casa.

Eu e a Lydia aproveitamos a viagem como deu, e até que conseguimos nos divertir. Íamos fazer as nossas coisas e deixávamos eles fazendo as coisas deles. O que deixava eles mais bravos ainda, acho, porque eles queriam fazer o que a gente ia fazer, não tomar conta das crianças deles. E toma discussão.

Foi uma longa semana, mas sobrevivemos até o sábado. Agora só temos que voltar novamente para o sudoeste para fazer uma viagem decente dessa vez e ver as coisas que a gente realmente queria. :-)

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8 Comments

Ludoulfo said:

Mauro.
Impressionante, tenho uma casa nas margens do rio São Francisco em Pirapora-MG, tenho um vizinho que vivia me pedindo para ir comigo junto com seu filho de 12 anos, tudo bem, fomos neste último final de semana, amigo fiquei de boca aberta com a maneira que o pai trata o filho, o menino fazia o que queria e ele falava e o danado nem dava ouvido. Certa hora eu comecei a chamar atenção do moleque, parece que o pai não gostou. Expliquei que quando o barco estivesse em movimento, devido a velocidade, eles tinham que ficar quietinhos pois o barco muda de direção e pode até tombar, o moleque parecia que queria testar se tombava mesmo, balançava de um lado pro outro e o pai nem ligava. Mas estou escrevendo isto tudo porque eu concordo com você em ponto; sou casado pela segunda vez e do primeiro casamento tenho três filhas de 25 e duas de 22, estão todas na Universidade Federal, elas são ótimas filhas, mas parece que me desgastei demais com a criação delas e agora com a segunda mulher nós resolvemos não ter filhos, está muito difícil criar e principalmente quando a gente vê os filhos dos outros.
Abraço.
Ludoulfo

Roberta said:

Claro, respeitando as opiniões contrárias, pra mim vale o que o um amigo meu diz: eu gosto de criança... por meia hora rsrs
Os pais agora parece que educam(?) as crianças pra serem maquininhas de encher o saco, eu sempre digo que, enquanto não voltar o tempo em que os pais davam *conselho* pros filhos (leia-se cola-brinco) não vai ter jeito, não...
Bom, independentemente disso, por mim, a humanidade acaba aqui... huahuahua... pelo fim dos filhos e (conseqüentemente) dos pais!

Mauro said:

Gentes, reparem que eu falei que as crianças não foram o principal problema... claro, choradeira, gritaria e falação 24 horas por dia sem parar enche, mas o que realmente incomodou foram os pais e a interação entre eles dois, as crianças e eles mesmos.

Uma coisa nós aprendemos: viagem com criança... nunca mais. And I mean it. :-)

cintia said:

Nao sei se e a idade, mas tambem nao tolero mais crianca chata! Esse negocio de testar os limites esta indo longe demais, pois elas estao aprendendo que tem sempre mais testes para fazer! Que saco! Sou do tempo do cola brinco e de respeitar o que o pai ou a mae falasse. Se me mandava sentar quietinha, eu sentava! Eramos robozinhos? Sei la, mas acho que aprendemos que, infelizmente, viver em sociedadde nao significa poder fazer o que der na telha.

Que situacao chata, hein? Acho que com esses voce nunca mais viaja!

Bom, partido contrário (sem tentar convencer ninguém a ter filhos):

Tive minha filha por um daqueles "acidentes de namoro". Hoje é uma criança de tres anos, das mais doces que voce pode conhecer. Claro que muito é da natureza dela, mas o que não é tem nome: educação.

No meu ver, e isso na observação de outras crianças nas mais diversas faixas etarias, o principal problema é a falta do limite. É a falta, na maioria dos casos, dos pais mostrarem que são eles que mandam. Uma palmada, vez ou outra, vamos combinar, nao traumatiza ninguem. E opera milagres: sempre lembra quem manda.

Afinal de contas, o dever dos pais é transformar "crionças" em crianças.

E se você tiver disposição para abrir mão de parte do seu tempo e de um pouco de liberdade, vale MUITO a pena! :)

Maria said:

é Isso o que eu sempre digo: as criancas não têm culpa, os pais é que precisam se resolver antes de mais nada...

Roberta said:

Ih, menino, aconteceu o que vc temia... virou discussão sobre criança de novo rsrsrs

Be said:

Eitcha lêlê... ei tb não curto criança que dá trabalho e pais que acabam dando mais trabalho do que as crianças... "flórida" mesmo. Ainda bem que você se divertiram de qualquer modo. Eu, particularmente, acho esse lado do país feio, bom... não feio, mas um tanto quanto monótono, é claro que se você entrar no clima, acaba curtindo tudo. Anyway, existe beleza em tudo, se os nossos olhos estiverem dispostos a isso. Você precisam conhecer o Alaska, aí... é difícil encontrar algo que seja a altura. :/

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