Alguns meses atrás a gente começou a receber correspondência para um casal desconhecido. Começou com um ou outro catálogo, malas diretas de empresas… e foi aumentando. Alguns vinham no nome do homem, outros no nome da mulher, outros no de ambos.

Começamos a ficar preocupados que essas pessoas podiam estar saindo por aí usando nosso endereço, ou ter usado ele em algum roubo de identidade. Decidi então tentar descobrir quem eles eram.

E como descobri. Achei os nomes deles, endereço e telefone reais, a empresa onde a mulher trabalha, o nome da filha dela e até coisas como o nome e endereço do corretor de imóveis que vendeu a casa para eles.

Tudo isso usando uma ferramenta extremamente avançada: o Goggle.

Pois é, o nosso querido Google, pelo jeito, sabe direta e indiretamente muito mais coisa sobre a gente do que a maioria de nós ficaria contente em admitir. Por exemplo, o pessoal que mora nos EUA pode experimentar digitar o número do telefone deles (com o código de área) no Google e ver o que acontece (não sei se isso funciona em outros países com versões próprias do Google).

Não que essas informações não estivessem disponíveis antes, mas a simplicidade com a qual hoje em dia você as acessa e correlaciona assusta um pouco. Com o que eu obtive rapidamente somente pela internet através de várias pesquisas, com alguns chutes e deduções, já me possibilitaria criar um caos na vida desse casal.

Felizmente, depois que obtive o endereço real deles, pude perceber que tudo não passou de um erro de digitação. Eles moram próximo da gente e o nome da rua deles é muito similar. Alguma toupeira por aí deve ter digitado o endereço incorreto num banco de dados, e daí ele foi se propagando através das vendas de informação que as empresas costumam fazer por aqui.

É por isso que eu digo: tomem cuidado… nunca se sabe quem está olhando. Posso ser eu. Bwahuahuahuahuáááááá! 😉