Cadê meu sotaque que estava aqui?
Na quarta-feira eu estava falando ao telefone (marcando horário para levar o carro na concessionária) e a Lydia comentou que eu estava falando diferente, com mais desenvoltura e com menos sotaque.
Acho que tenho que agradecer aos ferreiros/atores com quem trabalho. Sendo atores, eles sabem como focalizar a voz para conseguir diversos sotaques ou, como no meu caso, deixar de ter um sotaque.
Eles tem me treinando para falar como um americano. O processo é bem interessante. Eu tenho trabalhado nisso desde que vim para cá — nunca parei de tentar melhorar meu sotaque — mas quando se tem orientação “profissional” a coisa muda de figura…
Depois de ouvirem eu falar bastante, eles começaram a tentar imitar o meu sotaque para entender como é que eu formava os sons. Depois me mostraram como é que os americanos, ingleses, irlandeses fazem para gerar os sons quando falam (onde é o ponto focal da formação das palavras para cada sotaque), para eu entender a diferença. Agora eles ficam me corrigindo e orientando quando eu falo (e, claro, aproveitando para tirar um sarro com as coisas que eu falo errado).
Muito instrutivo… ainda falta muito para eu perder completamente o meu sotaque (pelo menos tão completamente quanto se pode perder, não sendo nativo), mas eles tem me dado dicas que aparentemente fazem diferença. São coisas simples, mas que não se aprende na escola. A não ser que seja escola para atores, acho. 😉
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Em outras palavras, estamos falando de Fonologia? Parece brincadeira, mas muitos americanos acham que eu não tenho sotaque nenhum (o que é impossível). Devo esse “sucesso” as aulas de fonologia que tive na faculdade e aos livros de fonologia que foram meus companheiros durante alguns anos. Eliminar o nosso sotaque é impossível, mas, é claro, que melhorar é sempre bom. Beijocas, Be.
Mauro, uma coisinha: você nunca vai perder o seu sotaque. E digo isso não de maldade com você ou por não acreditar na sua capacidade (ou na competência dos seus professores) mas simplesmente porque não é possível. Só é possível um estrangeiro falar a nova língua sem sotaque se ele se mudou pro país novo até os 15 anos. Depois disso, fica impossível. O sotaque pode diminuir, a capacidade de falar corretamente existe sempre (basta se aplicar, claro) mas o sotaque, esse fica pra sempre. De qualquer forma, parabéns pela evolucão. É sempre bom se sentir mais seguro. Beijocas.
Mary, eu sei que é impossível perder 100% do sotaque depois de velho… eu arrumei o post para refletir o que eu queria dizer.
Na verdade, meu sotaque já não é muito pronunciado. Mas mesmo assim eles estão tentando fazer ele ficar menos perceptível ainda. Acho que é um tipo de “projeto pessoal” deles. 😉
Legal, Mauro. Quem me dera arrumar uma galera assim, animada, friendly e engajada pra me ajudar a me ver livre do meu sotaque carregado em sueco. :c) Beijoca.
O Felippe que vai se interessar por esse método, afinal ele está fazendo pós-graduação em Inglês (linguística, métodos de aprendizado, etc). E tendo que dar aulas de inglês o dia inteiro acho que ele apreciaria um jeito de fazer os alunos falarem melhor, e também para melhorar o nosso sotaque.