Na quarta-feira eu estava falando ao telefone (marcando horário para levar o carro na concessionária) e a Lydia comentou que eu estava falando diferente, com mais desenvoltura e com menos sotaque.

Acho que tenho que agradecer aos ferreiros/atores com quem trabalho. Sendo atores, eles sabem como focalizar a voz para conseguir diversos sotaques ou, como no meu caso, deixar de ter um sotaque.

Eles tem me treinando para falar como um americano. O processo é bem interessante. Eu tenho trabalhado nisso desde que vim para cá — nunca parei de tentar melhorar meu sotaque — mas quando se tem orientação “profissional” a coisa muda de figura… :-)

Depois de ouvirem eu falar bastante, eles começaram a tentar imitar o meu sotaque para entender como é que eu formava os sons. Depois me mostraram como é que os americanos, ingleses, irlandeses fazem para gerar os sons quando falam (onde é o ponto focal da formação das palavras para cada sotaque), para eu entender a diferença. Agora eles ficam me corrigindo e orientando quando eu falo (e, claro, aproveitando para tirar um sarro com as coisas que eu falo errado).

Muito instrutivo… ainda falta muito para eu perder completamente o meu sotaque (pelo menos tão completamente quanto se pode perder, não sendo nativo), mas eles tem me dado dicas que aparentemente fazem diferença. São coisas simples, mas que não se aprende na escola. A não ser que seja escola para atores, acho. 😉