Quarteto Fantástico
Neste último final de semana, além de termos assistido “Land of the Dead”, também fomos ver “Fantastic Four“.
Resenha abreviada: nhé.
Agora os detalhes… 😉 não acho que existam muitos spoilers possíveis nesse filme, uma vez que a história é super-simples. Mas primeiro um pouco de história.
O Quarteto Fantástico (daqui para a frente referido como F4), criação de Stan Lee, tem um lugar importante na história dos quadrinhos. Foi esse o título da editora Marvel que lançou o conceito de “continuidade” nos quadrinhos, coisa que até então não existia.
Antes, tudo o que acontecia entre uma história e a próxima era esquecido, nada permanecia. Quando uma história começava, era como se as outras nunca tivessem acontecido. Já nas revistas do F4, se a sede deles era destruída numa edição, por exemplo, nos próximos números da revista eles tinham que lidar com o problema de estar sem casa, de reconstruír o prédio, de recuperar coisas perdidas. Isso permitia que se contasse histórias muito mais elaboradas, uma vez que não se estava limitado às páginas de um número da revista.
Idéia simples, não? Mas foi o ovo de Colombo que transformou os quadrinhos da época no que eventualmente é o padrão hoje em dia.
Bom, mas voltando ao filme.
O filme mostra uma adaptação da origem do F4, com mudanças muito importantes que eu achei que ficaram uma bosta.
Nos quadrinhos, os quatro embarcam em um foguete desenvolvido por Reed Richards para um vôo de teste. Enquanto no espaço, são atingidos por uma tempestade de raios cósmicos, que faz com que o foguete caia mas que concede super-poderes à eles.
No filme, eles vão para uma estação espacial de propriedade de Victor Von Doom. Lá, eles são atingidos pela tempestade e gradualmente adquirem seus poderes.
Até aí, tudo bem, são só detalhes. O problema é que no filme eles colocaram Von Doom junto com eles na estação.
Um outro parêntesis para falar de quadrinhos. Nos quadrinhos, Victor Von Doom, ou Doctor Doom, é um dos vilões mais impressionantes do universo da Marvel. Soberano absoluto de um país europeu chamado Latveria, que ele governa com mão de ferro, Dr. Doom é carismático, arrogante e uma figura que, apesar de odiada, impõe respeito e medo em todos à sua volta. Seus poderes vem da armadura que usa, que é algo do tipo da armadura do Homem de Ferro.
Pois bem, no filme, Von Doom acaba virando um homem de metal com poderes que afetam eletricidade. Até aí, também mais ou menos tudo bem. O problema é que ele virou um vilão bundão. Para começar da voz e do porte físico, passando pelo plano babaquinha para separar os quatro. A batalha final (aliás, a única) entre ele e o F4 é fraquíssima, ele não dá nem para o cheiro.
Eles tentaram colocar no filme a dinâmica que existe entre os quatro personagens principais, e até certo ponto são bem sucedidos com o Coisa e o Tocha Humana. Mas o Sr. Fantástico e a Mulher Invisível ficaram meio forçados, não convencem.
Comparado com os filmes recentes de super-heróis que tem saído, o F4 realmente decepcionou. Ao invés de gastar dinheiro indo ver esse filme no cinema, talvez seja melhor assistir aos filmes dos X-Men ou do Homem-Aranha em DVD de novo. 😐
Warning: count(): Parameter must be an array or an object that implements Countable in /home/liquidox/www/diario/wp-includes/class-wp-comment-query.php on line 399
Comments are closed.
Últimos comentários