Insensível
Comecei escrevendo isto como resposta ao comentário da Carla neste post, mas a coisa cresceu tanto que resolvi colocar como um post separado mesmo. Está extenso, então não sei se todo mundo vai querer ler.
Eu comento certas coisas aqui no blog para criar algum debate. Não que eu fique inventando minhas opiniões, o que escrevo é o que eu acho mesmo. Mas se eu ficar evitando escrever coisas e as minhas opiniões sobre elas porque são controversiais, vou ter o que? Um blog chato, politicamente correto, coisa que abomino.
É importante que vocês entendam que eu não estou atacando nenhum de vocês diretamente ou indiretamente, não é essa a minha intenção. Sei que tenho diferenças irreconciliáveis de opinião em certos assuntos com muitos de vocês, e isso é normal e por mim tudo bem, não é por isso que não vamos mais ser amigos. Não quero forçar minhas opiniões em ninguém, mas este blog é uma janela para a minha cabeça.
Tenho opiniões fortes em certos assuntos, opiniões que eu construí por muita reflexão, não simplesmente adotei porque me foram ensinadas. Passei muito tempo da minha vida “passando a limpo” meus conceitos, e ainda faço isso constantemente. Se acho alguma coisa que não é consistente ou que não tem uma boa base prática e “moral”, eu descarto ou conserto. Sempre acho que posso estar errado, e se alguém me dá motivos bons, concisos e efetivos, não me incomodo em alterar minhas idéias. Juro!
Agora ao post. Aviso: conteúdo muito abaixo…
Carla, eu tenho sim o direito de expressar a minha opinião sobre eles, seja ela à favor ou contra, uma vez que eles vieram à público e fizeram o maior auê sobre isso. Caiu na boca do povo, critica ou elogia quem quer.
Inclusive a família vendeu o direito exclusivo da história para um jornal, ou seja, eles sabiam e não se opunham a torná-la pública. Nove meses de gravidez e 4 dias de sofrimento para as meninas botaram um dinheirinho no bolso deles.
Eu já pensei bastante sobre esse lance de respeitar ao opiniões dos outros, e cada vez menos acho isso uma coisa válida por si própria. Quero dizer, respeitar simplesmente porque é a opinião do outro não tem nada a ver não.
Pense: um homem-bomba acha que é justificável entrar numa loja e explodir todo mundo que está lá dentro para protestar contra o governo. Deve-se respeitar a opinião dele que todo mundo que está lá tem mais é que ser explodido mesmo para o bem do protesto dele?
Outro caso: meses atrás (talvez um ano), uma escola para moças pegou fogo num país do Oriente Médio, não me lembro qual. As moças tentaram sair do prédio em chamas, mas foram impedidas pelo povo que estava lá fora, que barrou as portas para que elas não saíssem. O resultado é que morreu um monte delas, que teriam escapado tranquilamente. A razão? Elas não estavam de véu, porque estavam dormindo, em aula ou sei lá o que, e mulher sem véu não pode sair na rua. Não é minha opinião, mas devo respeitar porque afinal é a opinião deles? Ceeeerto.
O que eu quero dizer é que a sua opinião está certa ou não dependendo do que você faz com ela. Se eu sei que vou ter um filho que vai ser deficiente físico e vai se foder de verde e amarelo a vida inteira, qual é o direito que eu tenho de condená-lo a isso?
Que direito eu tenho de, sabendo que meu filho tem 75% de chance de herdar essa doença degenerativa que eu tenho (como num caso que li), de mesmo conceber essa criança, se eu sei que ela vai comer o pão que o diabo amassou a vida toda?
Se eu sou um cientista louco nazista, pego um nenê e injeto uma doença fodida nele que ele vai pegar e vai sentir dor a cada minuto do dia dele durante a vida inteira, eu sou um monstro, não? Mas e os pais que tem doenças hereditárias assim, sabem que os filhos vão ter, e mesmo assim os fazem? Não é diferente, mas ninguém os chama de sádicos, sentem é pena deles porque o nenê saiu doente. Não é um caso de dois pesos e duas medidas? Cadê a coerência?
Eu não sou insensível não, muito pelo contrário. Sofro muito ao ver as merdas que todo mundo faz por aí, e quem paga o pato são quem não tem nada à ver com isso, não teve voto, não teve recurso. São as crianças que nascem para uma vida de sofrimento e discriminação por defeitos físicos ou mentais conhecidos já no início da gravidez, são crianças abandonadas porque tem filha da puta por aí gastando dezenas de milhares de dólares em tratamento de fertilidade ao invés de adotar alguém que está na rua, são os doentes que não tem remédios ou condições de arcar com os custos de um seguro de saúde porque alguém acha que é muito especial e que vai gastar os tufos do dinheiro do convênio para levar a termo uma gravidez que está destinada ao fracasso logo de começo.
E depois EU sou o insensível?
Claro que volta e meia uma dessas crianças sobrevive, cresce e até consegue superar suas limitações e vira um filme muito bonito estrelado pelo Tom Hanks. Mas quantos não conseguem isso? Quantos não acabam abandonados na rua, em asilos, vivem vida pior que animais? É justo apostar com a vida dessas pessoas?
Saber que você vai condenar uma criança a uma vida de sofrimento, seja de 4 dias ou 70 anos, e mesmo assim permitir que ela sofra esse destino desgraçado por não querer abortá-la enquanto é apenas um feto de 3 meses de idade é crueldade e egoísmo sim.
Não adianta botar a responsabilidade no papai do céu não, a decisão é sua e a responsabilidade por tudo o que acontece é sua também. As pessoas tinham que começar a encarar isso ao invés de se refugiarem em princípios imbecis, sádicos e imorais disfarçados como religião.
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Acho que nem precisava escrever isso, todos devem saber de antemão : CONCORDO.
Por zentos motivos, econômicos e finaceiros em última análise, existem essas escamoteadas que a sociedade usa para justificar sadismos como esse.
Aliás, li muito nos comentários relacionados ao post original expressões contendo “acreditar” como excusa para cometer este ou aquele ato estúpido, como dar a luz a deficientes desacreditados e tal.
Sei não, mas algo que precise de crença (que se acredite), prá mim é enganação por falta de argumento. Fato não precisa de crença, apenas constatação. Se “é preciso acreditar” é o argumento base, claramente a tese em questão é furada, deriva de má fé, ignorância ou tradição.
Eu não preciso (nem devo) acreditar em nada, pois se o for eu o constato.
O Mauro elencou argumentos fortíssimos, como desperdício de recursos e sofrimento alheio, mas MESMO ASSIM AS PESSOAS RECORREM AO “EU ACREDITO” para justificar essas porras !!!
Acredite na merda que quiser, FDP, mas NÃO IMPONHA sua crença e seus efeitos diretos ou indiretos a terceiros !!!!
E tem outra :
Que é isso de respeitar a opinião alheia ??
Declarar opinião contrária (seja qual for o contexto) é desrespeito ? Dizer qualquer coisa é desrespeito ?
ATO pode ser desrespeito, palavra que se perde ao vento (e mesmo que não se perdesse) NÃO é !!
Alguém impediu o absurdo nascimento ? Então, pq cada um não pode manifestar LIVREMENTE sua opinião ??? Se eu, o Mauro, minha vó, o Lula ou quem seja é a favor ou contra, por quaisquer razões, ONDE ESTÁ O DESRESPEITO ??????
Desrespeito é impor a outrem um ATO que interfira no curso de sua vida. IMPOR !
Como no caso do incêndio, dos homens-bomba, das leis religiosas. FALAR, OPINAR, CRITICAR, BOMBARDEAR, per se, não muda nada.
Se vier a mudar não foi por imposição da palavra ou da opinião, e sim por iluminação.
Chega, cansei.
Falou !
Como muitos já sabem, sou agnóstico, e costumo criticar duramente todas as religiões em um ponto ou outro se abordado sobre o assunto.
Atitudes derivadas de crenças religiosas são, via de regra, coisas que levo em conta quando tento enxergar o lado negativo das religiões, mas também levo em conta quando tento enxergar o lado positivo.
Concordo com o casal? Não.
Se fosse eu deixaria as crianças viverem? Talvez, porque minha mulher acha que elas deveriam viver. Teriamos que conversar a respeito.
Tenho o direito de comentar a respeito? Sim.
Sou o dono da verdade e minhas crenças e conjecturas a respeito do mundo e dos costumes é A CORRETA, e justifica que eu diga qualquer coisa? Não, apesar de eu continuar tendo o direito de dizer o que eu quiser.
Tudo, TUDO, é uma questão de perspectiva, e, por incrível que pareça, ela muda de acordo com a posição em que se está.
Justas ou injustas, existem leis que ditam aonde começa e aonde termina o direito de cada um, e o direito a se expressar é limitado por elas.
O fato é que todos deveriam respeitar a todos, mas quase todos são intolerantes com vários outros, seja por qual motivo for.
Acho que todo mundo é muito igual, seja fundamentalista islâmico ou livre pensador. Todos tem o direito a nascer, crescer, morrer, se expressar e agir como bem entenderem. O que muda é a justificativa usada para suas palavras e seus atos. Erra qualquer um que passa dos limites…
Mauro, eu acho muito legal seu ato de justificar seus posts e suas opinioes, mas voce tava mesmo esperando por essas pessoas que “metem o pau” quando leem esses posts polemicos… Quando eu comento, estou agindo como vc. Justificando que vc colocou a sua opiniao e TERA uma resposta, mesmo que seja a mais ignorante ou brilhante possivel. Assim como os pais das meninas levaram tudo pros jornais ( talvez ate tentando arrecadar uma grana pra poder melhor dos bebes depois de nascidos – TALVEZ – porque nada evita de terem sido gananciosos mesmo ) e se expuseram, voce tem que estar suscetivel às pessoas expondo suas opiniões. Deve dar muita raiva mesmo tentar se expressar e ninguém entender, todo mundo criticar e ninguém parar pra pensar. Mas algumas coisas são difíceis de arrancar dos outros – assim como crença, religião, e fazer mudar de time de futebol :P. Mas fique calmo, quem não quiser continuar vindo aqui por causa disso não merece ler os seus textos e aprender com seu ponto de vista. Por que eu aprendo , e por isso respeito… Nem que seja pra aprender o que não tá certo PRA MIM. Seja a tua opinião ou não…
Então Santi… eu tb acho que “…seja fundamentalista islâmico ou livre pensador. Todos tem o direito a nascer, crescer, morrer, se expressar e agir como bem entenderem…” o problema é que dentro desse gigantesco expectro existem crenças nas quais eles realmente acreditam, e atuam em função dessa crença, de que todos os demais, que não concordem com eles, devem ser mortos OU, castigados, nesta vida mesmo… o que pode realmente resultar só numa atitude de desrespeito como num atentado a minha vida.
No caso mais extremo a questão muda completamente, se transforma numa questão de sobrevivência. Se eles fazem questão que seja ou eles ou eu então eu só lamento por que eu vou fazer de tudo para que eu saia ganhando.
Se eles decidem simplesmente serem desrespeitosos comigo o q faz com que eu tenha que aturar isso? O problema é que as pessoas não convivem muito bem com as diferenças… se convivessem não teria manifestação em clínica de aborto, pro exemplo! Querendo ou não aquela mulher está cuidando da própria vida e tem que ficar aguentando aquelas pessoas, num momento já supostamente difícil, torrando a santíssima paciência dela e falando que ela vai queimar no inferno. Não, ninguém proibiu eles de darem a sua opinião mas por que eles vão achacar as pessoas em frente as clínicas de aborto? Você vê ateus em frente a igrejas chamando os fiéis de retardados que precisam muletas para justificar seus atos e expiar culpas? Ok, existem pessoas e locais nos quais você pode vir a ler isso mas ninguém enviou um panfleto para sua casa ou veio bater na sua porta falando que você tem que aceitar a Ciência no coração. ESSE é o problema.
Parece que é inerente a algumas crenças a incapacidade de respeitar que pessoas façam o que elas bem entendem. O que só me abisma mais ainda já que, segundo muitas delas, pessoas não crentes vão queimar na pqp, reencarnar e sofrer na próxima vida ou whatever e mesmo com o tal do livre arbitrio e “sabendo” que os “pecadores” vão arcar com as “consequências” eles não deixam as pessoas em paz! Impressionante!
Aceitar a opinião do outro, aceitar que ela exista, pode ser compreendido como uma brecha na sua crença, ou seja, você pode estar errado e o outro certo. Mesmo VOCÊ acreditando no que vai ou não vai acontecer com o outro dado a vida que ele optou levar isso não significa que você esteja certo por isso essa tentativa exaustiva de converter pessoas e impedir que elas tomem atitudes que você discorda. Imagina se ela aborta e não queimar no inferno? Ou, se ela aborta e ainda assim leva uma tremenda de uma vida boa, sem punição, nem no pós-vida? E você passou lá, tanto tempo sofrendo e se castigando e acreditando… ninguém quer ver isso… ninguém quer pensar nisso!
Por isso que eu acho que a vida de um ateu é mais fácil… ele não acha que vai acontecer nada depois que ele morrer e ele não espera punições divinas, ele espera as consequências dos seus atos aqui e agora. Ele não vive de acordo com valores morais impostos, ele não se dobra e se esforça para viver dentro do que disseram para ele que é correto logo, fica mais fácil de assimilar que pessoas fazem coisas que você julga errado e não acontece nada! Não tem entidade onipresente e omnisciente para julgar… se o cara sai impune dá raiva, muitas vezes revolta mas faz parte, nem todo mundo pensa como você.
SANTA IGNORÂNCIA: espectro!
Quanto a partes do comentário do Rods: DISCORDO. Em especial no que se diz respeito a acreditar.
Nem é só de fatos e argumentos que o mundo gira. Para mim, assim como para muitas outras pessoas, o emocional é tão importante quanto o racional no que se diz respeito a simplesmente SER.
Declarar opinião contrária não é desrespeito, mas já ir apelando pelo “FDP”, aos meus olhos, é. Palavras também contam, afinal, se não contassem, não causariam tanta comoção nesses comentários que expõem opiniões tão diversificadas. Pessoas podem ser desrespeitadas com palavras, sim.
Qual é o problema em ACREDITAR? Qual é o problema em explorar o seu lado emocional?
Mas o bom disso tudo é que isso só incentiva a diversidade. Já imaginou se todos pensassem como você e não fossem adeptos ao “acreditar”? Seríamos uma população baseada na lógica, robótica e pensadora. Talvez agiríamos sempre corretamente. Mas e aí? O que mais? Mais invenções? Mais criações? E aí? Qual é a graça? E se todos fossem religiosos extremistas? Deus me livre! *piadinha inevitável*
Eu estou fora, como imagino que fique bem claro depois desse comentário, de pensar, pensar e pensar. Eu vivo, seguindo a direção apontada não só pela razão, mas também pela emoção. E sou feliz por isso. Assim como espero que você seja feliz por confiar… Não, confiar, não! Corrigindo… se basear sempre em fatos!
Respeito tem que vir de todos os lados, tanto dos lados “corretos” quanto dos “errados”. E como o Santiago mencionou, também concordo ser tudo uma questão de perspectiva.
Gente, obrigado por todos os comentários. Acreditem ou não, eu gosto mesmo dos comentários com que não concordo… me ajudam a não perder a perspectiva do outro lado do argumento.
Agora por partes, em qualquer ordem.
Érica, discordo que a vida do ateu é mais fácil. A gente não tem o consolo de olhar para injustiças e pensar “tudo bem, quando ele morrer a justiça será feita”. Isso é chato quando você vê coisas sobre as quais não pode fazer nada. Por outro lado, o código moral de um ateu tende a ser, na minha opinião, mais forte pois é algo que foi construído e voluntariamente adotado por ele, não apenas adquirido “por osmose” e frequentemente relegado a segundo plano.
Lelei, concordo com você, eu sei que vou receber respostas contrárias ao que eu acho. Eu acho que fiquei um pouco queimado foi mesmo pelo fato da Carla, no primeiro comentário dela, falar que não quer mais ler o meu blog só por causa de uma opinião que eu dei, que ela não concorda. Se ela lê meu blog já faz algum tempo, deve ter coisas que ela gosta, não? Por causa de uma ela resolveu se apresentar e ao mesmo tempo só para falar que vai se despedir? 😐
Adriana, eu não disconto o lado emocional. Eu não sou robô, nem acho que todo mundo deveria adotar a filosofia Vulcana e abafar todas as emoções. Lógica não é tudo na vida mesmo, as emoções servem para temperar as nossas decisões e para ajudar (ou atrapalhar) a gente lidar com as coisas à nossa vida.
Mas eu acho que emoções por si só não justificam. Se não, o fato da gente ficar contente ao fazer algo errado justificaria fazer esse algo errado mesmo assim? Ou ficar triste se tiver que fazer a coisa certa serviria como desculpa para não fazê-la? Não acho isso certo, principalmente se a nossa decisão vai afetar outras pessoas de maneira drástica.
Também não tenho problema com o fato de se acreditar eu algo só por acreditar. Já falei isso. Tem seu lado bom, mas eu tenho problemas com pessoas forçando o resultado dessa crença em alguém. Acho que à partir do ponto em que essa crença afeta outras pessoas, os argumentos tem que fazer sentido, ser bem fundados, e levar em conta o que você está fazendo para essas outras pessoas.
Não sei se consegui me explicar… qualquer coisa eu tento de novo.
Como o nome mesmo já diz, esses são assuntos polêmicos.
O fato de todos terem direito a liberdade de expressão e lívre arbítrio, e ao mesmo tempo estarem limitados pelas leis locais, internacionais e até pelos costumes religiosos gera tudo isso.
Acho que o Mauro está certo, mas não tiro a razão do casalzinho. E agora?
O terrorista viola leis internacionais e merece punição e ações preventivas.
Soa como a política dos E.U.A. em relação ao “terrorismo”, né?
Uma moita é uma moita é uma moita, não importa como você a decore…
E enquanto pseudo-intelectuais do mundo criticam todos os lados, poucos agem e pouco muda.
Tudo enfim se resume a respeito.
Que cada um se questione: você tem real respeito pelos outros? Mesmo por aqueles que pensam e agem de maneira diferente da sua? Você acha que sua maneira de agir e de se expressar corresponde a esse respeito, e não seria ofensiva aos discordantes?
É sempre bom lembrar que o fato de alguém fazer ou falar alguma coisa errada ou com a qual não concordamosNÃO é justificativa para que façamos o mesmo tipo de coisa, só que sob a nossa perspectiva!
Enfim, não me levem muito a sério pois eu sou menos sensato, sensível e politicamente correto do que o meu discurso possa fazer parecer.
Mauro, você se explicou direitinho! Acho que entendo o seu ponto de vista. Além disso, concordo plenamente com o que você disse a respeito de emoções por si não serem suficientes. Acredito (ai, fiquei com medo de usar a palavra, ra ra ra!) que tem que existir um balanço entre a emoção e a razão. Em alguns momentos um pesa mais, em outros, o outro. E estou também de acordo sobre a imposição de crenças pessoais em terceiros. Também abomino isso. Cada um, cada seu. A maioria de nós nasceu capaz de fazer escolhas por si mesmos, portanto, acho insuportável quando alguém tenta mostrar que o que ela segue é o certo e que o resto é errado, sem espaço para a discussão, sem mente aberta.
Chega. Esse comentário está babaca demais, re re! Mas, reiterando, eu acho que entendo a sua perspectiva.
Ai Santi ai nós temos um problema… eu sinceramente não acredito que todos tenham condições (acesso à educação, teto sobre a cabeça e comida no prato, etc, etc) ou sequer vontade de parar para se questionar. Só que, eu tb sei que é ÓBVIO que eventualmente todo mundo VAI incomodar todo mundo. Faz parte, você atura um pouco, te aturam um pouco e a gente vai levando. Infelizmente é impossível agradar a todos o tempo INTEIRO mas existe o limite né!
Eu nunca disse (continuando no meu exemplo) que as tiazinhas crentes não podem e até mesmo não deveriam, se é isso que elas acreditam, fazer programas de conscientização ou anti-aborto. O que elas não tem o direito é de ir lá e transformar a vida de pessoas que trabalham com isso ou estão fazendo isso num inferno! Pq essa necessidade de transformar a proibição em lei, como aqui no Brasil, por exemplo. Você sabe que um desses partidos religioso psicóticos (heheheh :P) daqui queria proibir até mesmo o aborto nos casos atualmente permitidos por lei?É muita vontade de se meter na vida alheia.
Para não dizer que eu só meto pau em cristão, eu acho que tá rolando na França atualmente RIDÍCULO! Ok, o Estado não tem relação com a igreja mas as pessoas tem. O que tem que ser permitido é que numa escola pública qualquer judeus, muçulmanos, budistas, ateus, etc, etc possam estudar e se vestir de acordo com o que eles acreditam sem maiores problemas e sem ninguém tentando convencer eles de nada. Os interessados que investiguem!
Sobre o Mauro e o tal do casal… o Mauro pode pensar e dizer o que ele pensa e diz, o casal pode pensar e fazer o que eles pensam e fazem. Nenhum deles infringiu nenhuma lei então está tudo certo… friamente é aonde chegamos.
Quanto ao argumento do Mauro de gasto de recursos comunitários e tudo o mais… então… será que o gasto é tão grande assim? Maior do que o de fumantes ou ex-fumantes, obesos, anoréxicos, cardiacos, pessoas com câncer, alcoolátras, etc, etc… basicamente a gente meio que vive pagando pela merda alheia e vice-versa…. O tempo vai passando e algumas coisas vão mudando… a sociedade aceita pagar por algumas coisas, deixa de aceitar pagar por outras… sinceramente não acho que o gasto que essa “categoria” gera seja mais significativo do que várias das quais eu citei acima… ou seja, se tivessemos que realizar cortes eu não começaria por ai…
Putz.. isso tudo e muito perigoso. A gente para criticar uma posicao, criticar os atos cometidos em nome de uma crenca, acaba caindo no outro lado extremo da situaucao. A gente acaba se juntando em outros “times”, associacoes contra associacoes, essas coisas que na verdade sao muito contraditorias. No meu caso, nao vou ter filhos e ponto. Nao preciso basear minha decisao en nenhuma teoria ou levantar bandeiras, me associar com grupos que pensem como eu etc. Mesmo caso o das garotas siamesas. Que direito eu tenho para julgar que a vidinha delas nao valia nada? Estamos caminhando para uma sociedade que busca a raca perfeita? Sera que ja nao vimos esse filme antes?
O que eu quero dizer e que tambem ha perigo em defender esse outro lado de nao levar adiante aquela gestacao.
uantas barbaridades nao podem ser cometidas em nome disso?
E muito dificil se posicionar. Ou se cai no conformismo, ou se cai num extremo ou no outro. Sera que nao ha uma posicao certa e segura?
Tudo que doutrina, ao meu ver, e perigoso.
Bom, eu concordo com a Adriana. E vou mais adiante. O Rods (que eu não conheço) deveria saber que as pessoas geralmente acabam por perder argumentos quando decidem passar do racional e razoável para a agressão gratuita. Pra mim, se eu estou discutindo com alguém, na boa, e o cara vem e me chama de FDP, pode ter certeza que a discussão acaba ali e ele perde a razão e o direito de discutir comigo.
Quem ele pensa que é para sair xingando a todos que tem um credo ou que não pensam e agem como autômatos, sem emoções, de filhos da puta? Eu tenho que dizer que estou chocada, pasma mesmo com o tom e o rumo que esta discussão está tomando. Passou de uma discussão saudável sobre um tema polêmico (se é que temas polêmicos produzem discussões saudáveis, mas até aonde eu tinha notado, esta estava sendo uma!), para um tom agressivo, arrogante, de eu sou o senhor da verdade e fodam-se todos que não sigam a minha linha de pensamento, ofendendo a galera “do mal” (na opinião de alguns).
Bom, óbviamente deu pra perceber que estou chateada. Sou católica, não sou dessas de ser encontrada facilmente em uma igreja (até porque meio que fujo mesmo, primeiro por não gostar de multidão e segundo por achar que não tenho que ir a igreja pra mostrar que tenho fé e amo o meu deus.), mas fui ofendida por alguém que nem conheço, que se achou no direito de (eu incluida) sair chamando a todos que possuem um credo, de filhos da puta (perdoe-me o palavreado).
Será que é com e neste tom que você pretendia criar e desenvolver um debate, Mauro? Até aonde eu notei, não. Então, eu fico aqui (pasma e em choque) tentando entender o por quê de tal agressividade. Tá certo que o assunto é polêmico e esse seu amigo deva ter “issues” com religiões, mas em momento algum (tanto neste post quanto no anterior) eu notei agressividade e grosseria vinda da parte de quem não concordou (a galera do mal, a.k.a os que possuem um credo) com o seu ponto de vista.
Opa, pera lá Cintia! Não tem nada há ver com perfeição. O problema é levar a cabo uma situação fadada ao fracasso às custas do dinheiro alheio e do sofrimento daqueles que não podem escolher. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é OUTRA coisa!
Quanto as barbaridades cometidas em nome disso ou daquilo… tudo que vc precisa nesse caso é de uma pessoa disposta. Você (genérico) deturpa QUALQUER coisa querendo. Pior, pessoas vão a lugares simplesmente não esperados… como é que vc chegou na conclusão de que essa era uma questão te trazer ao mundo seres perfeitos ou não? Vc não estava querendo deturpar o tema, essa só foi a SUA compreensão do que foi escrito…
“Que direito eu tenho para julgar que a vidinha delas nao valia nada? Estamos caminhando para uma sociedade que busca a raca perfeita? Sera que ja nao vimos esse filme antes?”
Cacilda, agora virei discípulo do Menguele também? 😛
Spacey, até aí eu também usei FDP no meu post… mas não sei se o Rods chamou todo mundo que acredita de FDP. Eu achei que ele se referia ao FDP genérico que usa a crença como motivo e justificativa para causar mal a alguém. Pelo menos foi isso que li na frase dele.
E issues com religiões até eu atualmente também tenho, depois de tanto ver as barbaridades por aí em nome delas. Por isso que falo, não é a opinião da pessoa que conta, mas o que ela faz de concreto com a opinião dela.
O Rods entra com os dois pés no peito, mas é o jeito que ele acha que tem que opinar… não temos que respeitar também? Ê complicação… 😉
Foi isso o que eu quis dizer… do perigo para se pular de uma intencao a outra. E uma linha muuuuito fina, sabemos disso!
He he. e da mesma forma que voce foi deturpado, em tambem fui .. buaaa
Acho sim um perigo passarmos a julgar quem tem ou n ao o direito a nascer, oras! Eu nesse caso? Sinceramente nao sei o que faria… mas nao ia gostar de ninguem decidindo por mim baseado nquilo que acham o certo e justo. Entendeu, Mengha?
Sim, Mauro, temos que respeitar a opinião de cada um mas sem esquecer de respeitar ao indivíduo! Voce acha que após ser chamada de filha da puta, eu ainda vou respeitar tal pessoa? Pera lá, né?
Então isso virou rua de mão única? Eu tenho que respeitar a opinião dele, mas por ser uma pessoa de crença, devo ser chamada de filha da puta (o que também vem a ofender a minha mãe, que de puta não tem nada) e ficar na minha e ainda respeitar? E a minha opinião foi respeitada aonde aqui, se ele passou a chamar a todos de filhos da puta?
E quanto a usar o dinheiro alheio, vixi… isso da panos pra manga tambem, para esse monte de programas destinados a minorias.. afinal, sao minorias…
mmm… deixa eu explicar melhor: rua de mão única: eu respeitar o cara lá e a opinião dele, mas ele pode vir e me ofender e não respeitar a minha opinião.
Se é assim, então beleza, nem participo de mais debate algum aqui, pois não estou pra ser ofendida e ficar caladinha na minha. :/
Mas aí é que está, Cintia, onde fica o tal d'”O Direito de Nascer” (tm da Globo Central de Novelas) quando confrontado com uma pena perpétua na forma de um problema que a criança com certeza não pediu para ter e vai sofrer sem poder escolher? O que é maior?
Não acho que podemos usar a cartinha de “toda vida é sagrada” simplesmente para falar que tem que deixar nascer e pronto porque ela tem o “direito” (implicando que a opção seria dela).
Mesmo porque, se depois quando crescer a criança não quiser mais a “herança” que você deixou para ela, nem se matar legalmente de uma maneira humana ela pode, ou seja, não tem o “direito” de rejeitar a escolha que você fez por ela.
Então, no final das contas você não deu escolha nenhuma para ela de qualquer jeito! E aí como fica?
Peraí, Spacey, a última coisa que quero é ter a tal “mão única” aqui. Só quis apontar que não acho que o FDP se referia a você. O Rods usou isso num exemplo genérico. Eu não vou deixar o pessoal começar a se xingar aqui. Se eu achasse que foi isso, eu removeria o post dele.
Pelo visto a discussão está beirando a briga aberta… só não entendi uma coisa: por que a Spacey se sentiu pessoalmente tão ofendida? Eu li o comentário do Rods e acho que ele se empolgou, mas ainda assim se expressou com clareza, e não vi ele citar o nome de ninguém especificamente ao usar o termo FDP. E eu acredito que as discussões mais saudáveis são justamente as polêmicas, porque geram mudanças verdadeiras (se for o caso, lógico) no modo de pensar das pessoas… conversar de assuntos leves no chá das cinco é bom, mas não nos leva a repensar os nossos conceitos… por isso me abstenho de comentar se concordo ou não com a opinião do Rods ou da Spacey, pois não é o caso, mas viva a liberdade de expressão, caramba! Se ele não faltou com o respeito a ninguém diretamente, por que esse rebate? Maior falta de respeito que xingar é vender a tragédia dos próprios filhos pra um jornal. Isso sim é falta de respeito e de vergonha na cara.
Gente, estou cogitando trancar os comentários deste post (ou seja, os que estão aqui permanecem mas não daria para incluir mais nenhum novo).
Isto está dando muita confusão, e não era esse meu objetivo…
HAHAHA Quando escrevi a frase me lembrei da novela
Mas isso e o que me deixa confusa… como saber… Como saber o que realmente e o certo? O que e a vida para cada pesoa? Afinal, somos animais e nosso instinto de sobrevivencia nao fala mais alto? A menina, se crescida, ia pensar nao gosto desta vida assim, prefiro morrer? Nao da pra saber! Vi uns programas de siameses (voce viu?) duas irmas ligadas pela testa.. e elas estavam vivendo a vida delas, ja adultas, pensando em namorar e tudo o mais… Se ao mesno eu soubesse com total certeza, mas nem todos os fatos do mundo ou toda a logica ou nem todos os sentimentos me dao a resposta com total seguranca…
Tá Cintia, acho que te entendi. Saber a gente não sabe se as pessoas que vão nascer com tais deficiências vão sentir tanto assim quanto eu imagino ou, não vão sentir tanto quanto você está imaginando. E, nesse caso, REALMENTE é impossível dar uma resposta pq vai variar de pessoa pra pessoa que nasceu com o problema sendo assim, cada um faz o que achar melhor meio que deixando a vítima da nossa escolha sem opção. Em ambos os casos – nascendo ou não – ou ela vai ter que permanecer viva sofrendo por uma escolha que ela não fez levando uma vida miserável OU, ela nem vai nascer e nós nem saberemos se ela ia se adaptar bem ou não. Esse é um daqueles momentos horríveis que algumas vezes temos que passar. Eu não daria a luz. Vc parece que não tem certeza do que faria… infelizmente realmente essas coisas a gente só descobre na hora que está vivendo… Decidir pelos outros, principalmente em questões gigantescas como essas, é uma merda…
Spacey, se vc me permiti, o que eu acho que o Mauro quis dizer, é que na sentença do Rods
FDP = pessoas que impõe opiniões
e NÃO FDP = pessoas CRENTES que impõe opiniões
Quando vc se queixou eu voltei para ler o comment dele e interpretei da mesma forma que o Mauro… vc não precisa ficar quieta quando te ofendem… o Mauro não disse isso, ele só disse que vc não precisava ficar brava pq não foi ofendida, tendeu? 😛
Com relação à origem da discussão, acho que é uma decisão que pertence ao casal. Não questiono, nem discuto a decisão em si e muito menos os motivos e razões. Cabe a eles decidir, pois só eles sabem onde o calo aperta. O que não necessariamente significa que tomaria a mesma decisão.
Com relação aos recursos públicos… acho tem tanta m. feita por aí com eles, que uma a mais outra a menos não fazem diferença alguma. No final esbarramos novamente na questão de que somente essas pessoas sabem onde o calo aperta.
Não acho que a discussão em si tenha a ver com insensibilidade ou não à vida, mas sim ao respeito de cada um conduzir com liberdade a vida que quiser, isto lógico sem causar prejuízo a outrem.
Este negócio de religião é complicado, hoje sou ateu, mas já fui religioso, independentemente do meu “status quo” qualquer ofensa a minha crença, pois vejo o ateísmo como uma crença também, me incomodaria. Então, quando nos expressamos, devemos primar pelo cuidado com que são colocadas as palavras, pois crenças são coisas íntimas, que tocam fundo nossa sensibilidade. Julgar é muito fácil e muito arriscado. Afinal, quem está acima dos outros para determinar o certo e o errado ? Só se fosse uma divindade, como, no meu entender, ela ou elas não existem, então não há quem possa julgar-nos. Os julgamentos admissíveis pela sociedade são somente os mínimos para evitar o chaos, no resto ninguém deve meter-se.
Esta estória que os crentes são obscuros, que a igreja católica manipula, nada disso me importa, desde que não afete diretamente a condução da minha vida. Se as pessoas em determinado lugar decidiram que a finalidade de suas vidas seria destruir uns aos outros, geração após geração, o problema é delas, EU NÃO ESTOU NEM AÍ.
Eu tentava dizer Caos, as vezes o poliglotismo dá um nó nos meus miolos.
Putz !
Pelo visto cheguei tarde e a pelja acabou !
Droga, devia ter ficado em casa hoje !!
Mano(a) Spacey :
Vc entendeu errado o que eu quis dizer.
Eu costumava elaborar ao escrever, mas perdi a gana quando me desiludi com a faculdade de direito. Quando entrei na faculdade de comunicação, e estudei Teoria da Comunicação, aderi tacitamente à vertente que prega a preponderância do conteúdo sobre a forma.
Assim sendo, eu uso desavergonhadamente quaisquer palavras que possam enrusbescer a audiência, pois o que vale é o significado latente e não a forma com a qual esse conteúdo se apresenta.
Eu sou sim o que os outros chamam de grosso e sem educação, mas sou íntegro, honesto, sincero e jamais alguém vai me ver ou ouvir não dizendo aquilo que realmente penso. Eu não “amacio”, não uso eufemismos e não “pego leve”.
Mas volto a dizer, não quis ofender quem acredita, esses eu ofendo em outras circunstâncias e com outras palavras. Eu me referia, latu sensu, aos que IMPÕE suas crenças, seja por meio de leis num Estado, ou aos seus filhos, ou em qualquer outra instância.
Além disso, eu quis dizer que “Você” (sujeito oculto na sentença) “acredite em quem quiser” (não há até aí juízo de valor sobre a qualidade moral de quem acredita ou não) “mas não imponha …”.
Aí eu inseri um FDP, que no caso funciona como um vocativo. Segundo minha velha gramática aqui, vocativo é :
“Um termo independente que, como o próprio nome indica, serve para chamar,invocar, interpelar um ouvinte real ou hipotético.
Exemplo
Pai, afasta de mim este cálice.”
Ainda segundo a mesma tábula :
“O vocativo é um termo independente, à parte do sujeito e do predicado. Relaciona-se à segunda pessoa.
O vocativo aparece, normalmente, isolado pela pontuação.”
O tal ouvinte hipotético é todo aquele que impõe suas crenças a outrem.
Assim sendo, eu só ofendi (?) quem age assim.
Mas apenas para esclarecimento about my self, eu sou sim um intolerante religioso. Não pratico violência pq tenho como filosofia não impor nada a ninguém. Sou intolerante no que tange minha vida privada, pois não convivo com gente que professe religião institucionalizada, do tipo que tem CNPJ e compra deputado.
Bom, tem duas pessoas que são exceção a essa regra, mas quem as conhece sabe que elas per se já são exceções a qualquer regra.
Eu respeito a condição privada da crença de cada um, atacaria num fórum público se estas se colocarem em posição de defesa pública de uma lei, ou coisa assim.
O que cada um acredita no recesso de sua privacidade não me importa, mas sim quando essas crenças são levadas para o âmbito sócio-político-econômico.
Falou !
Bom, vamos lá…
Érica, o que eu entendi, outros também entenderam do mesmo jeio porém não devem ter tido saco ou coragem pra admitir.
Olhe bem esses 2 parágrafos, se após lê-los, uma pessoa que acabou de escrever o que acha sobre o “tema polêmico” deste post e que por coincidência també afirmou ser uma pessoa com fé (no meu caso, católica), não deduziria o mesmo que eu deduzi.
Aliás, li muito nos comentários relacionados ao post original expressões contendo “acreditar” como excusa para cometer este ou aquele ato estúpido, como dar a luz a deficientes desacreditados e tal.
Acredite na merda que quiser, FDP, mas NÃO IMPONHA sua crença e seus efeitos diretos ou indiretos a terceiros !!!!
Bom, agora para o Sr. Rods,
Primeiramente, eu sou mulher, não sou mano e nem curto ser chamada assim (pra mim isso soa coisa de gangue, de galerinha de surfistas adolescentes, funkeiro, ou seja, não soa bem aos meus ouvidos).
Em segundo lugar, aonde você leu aqui nos comentários, alguem impondo religião a terceiros? Eu, tenho toda a certeza e convicção, que não fui! Aliás, eu detesto esse tipo de gente que quer ser sempre a dona da verdade e impor os seus ideais e crenças aos outros, gente do tipo que gosta de sobrepujar a tudo e a todos.
Realmente, o seu linguajar foi assim, digamos sucinto, curto e grosso. Mas sair culpando a sua formação em comunicação por isto? Acho que não é bem por aí, né? Eu até entendo o seu ponto de vista sobre como o curso de Direito de certa maneia “lustra e dá um tom de classe” a quem o frequenta, o que talvez venha a ser o meu caso, mas também ensina a raciocinar rápido, ser ágil nas respostas e claro, legítimo. Sim, pode parecer que eu sou “inocente” e que só vejo os pontos bons de ser um advogado, mas também estou a par da parte não tào nobre e decadente que vem no “pacote”. Eu já fui uma dessas que acham que o sistema pode funcionar e que jovens advogados podem mudar o mundo. Hoje em dia não penso mais assim, claro..
Mas eu acho que um pouco de educação nunca fez nem fará mal a ninguém. Quem sabe voce poderia conseguir um equilíbrio entre a diplomacia “do direito” e a “lingua afiada e a extroversão” obtidas com o seu background em comunicação?
Isso evitaria mal entendidos como esse, pouparia palavras ríspidas e ressentimentos sem motivos, não concorda? Pois, afinal de contas, de que vale arrumar para desafeto uma pessoa que voc6e nunca conheceu, nunca viu e não sabe nada sobre o modo de ser/agir e pensar desta pessoa?
Pense nisso!
Eu coloquei Mano(a) justamente por não saber se tratava-se de M ou H.
Uso muito esse termo justamente para causar a reção que causou em vc. Para parecer distoante, estranho, agressivo, etc.
Mas na maioria das vezes, chamo de Mano as pessoas que gosto, como o Mauro, o Rique, Santiago e etc … Esses caras são meus manos !
Whatever …
Eu não culpo meu background, apenas ilustrei a questão. Somos o que somos em virtude das experiências que vivemos, e no caso a faculdade de comunicação é a mior influência nessa característica minha.
Prefiro não usar palavras macias. E não disse que alguém aqui impõe religião, e sim impõe coisas que derivam de dogmas religiosos e tal. Como nos Estados teocráticos e aí bem serve o exemplo do incêndio.
E eu não vejo ninguém como desafeto, minha opinião default com desconhecidos é neutra. Totalmente neutra. Aliás, atualmente blog alheio é a única situação que eu me permito contato com estranhos. Não tenho interesse em conhecer ninguém, nem em parecer X ou Y, nem de criar boa ou má impressão.
Eu combato a forma, por isso ofereço sempre uma forma bem repugnante para um conteúdo que pode ser ou não repugnante tb.
Se vc visse uma foto minha saberia do que estou falando.
Hahahahahaha !
Falou !
Ai Rodolfo… em outras ocasiões eu diria: Se fecha!
No seu caso é: Se abre!
Vc não manja NADA de repugnante e a prova disso é vc achar que VOCÊ é repugnante…
Estou zureta de tantas coisas que li ou comecei a ler e acabei nem terminando.
Não vou meter muito o bedelho não e nem vou opinar nada nesta altura do campeonato mas quero dizer uma coisinha sim.
Independente se concordo ou não com o seu ponto de vista, eu o entendo e queria dizer que a única coisa que eu vejo em você é que você é um cara super sensível e que verdadeiramente se preocupa com o próximo, coisa rara de se encontrar hoje em dia.
Nada mais a declarar!!!