Agradecimentos e controvérsia
Gente, queria agradecer ao pessoal que está manifestando as suas opiniões nos meus posts.
Não coloco posts aqui só para receber elogios, o debate realmente é bem vindo. Opiniões contrárias me ajudam a reavaliar as minhas posições. Afinal, não acho que eu sempre estarei certo (se é que estive certo alguma vez).
O principal motivo para eu comentar assuntos controversiais aqui é justamente iniciar o debate entre o pessoal que lê este blog. Às vezes a gente nunca para para pensar em certas coisas que faz, e ver outras pessoas discutindo sobre elas pode dar aquele empurraozinho inicial para a gente reavaliar nossos conceitos.
Quando eu digo “reavaliar”, não estou implicando que a posição inicial de ninguém é necessariamente incorreta. É claro que essa reavaliação pode muito bem confirmar as nossas idéias, assim como pode fazer com que a gente perceba que a nossa opinião é infundada e resolva mudar.
É o pensar que é importante. Avaliar, contestar, buscar motivos coerentes e consistentes para a maneira que a gente se comporta e enxerga o mundo, seja para comprovar as nossas idéias ou para modificá-las. O importante é não deixar as idéias se estagnarem e tentarmos continuamente evoluir como indivíduos e como partes de um mundo, buscando o bem de todos.
Não para conseguir o favor de nenhuma divindade, mas pelo nosso próprio futuro. 😉
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Quando são as eleições …
Também gosto quando alguém escreve sua opinião ou comenta algo que eu contei lá no Vida Mágica.
Ás vezes percebemos o quanto diferentes e especiais somos .. ou o quanto esquisitos, dramáticos e irresponsáveis fomos …
Fomos? Isso mesmo pq um toque especial fez a gente repensar e melhorar.
Bejus
Mauro,
Você (e provavelmente outros que conhecem o meu blog e meu gosto por uma boa conversa) deve ter notado que eu não escrevi uma única linha em todos os seus posts ditos “polêmicos”, quer para expressar a minha opinião, quer para dar palpite na sua.
Existe uma razão para isso.
De início, e por princípio, isto é o seu blog. Acima e além de qualquer coisa, é o seu chuveiro para sair cantando. Quem achar a música desafinada pode procurar outro banheiro.
Isso posto…
Quando você convida o pessoal a se manifestar (e você faz isso com certa ênfase; recordo-me claramente do “alguém me ajude!”), deve estar pronto pra ouvir qualquer coisa. Isto é Internet, não é a sala da sua casa. Não são somente os seus amigos de vida inteira, aqueles que te conhecem e lêem o que escreve nas entrelinhas, que pisam aqui.
Não que eu reclame do pessoal que te visita. Ao contrário. Tenho uma baita inveja. Seu público é de primeira. Queria que os leitores do meu blog enriquecessem minha vida do jeito que enriquecem a sua.
É verdade que “gente inteligente atrai gente inteligente”, mas de qualquer modo, a articulação dos seus “comentaristas” é de dar inveja.
Mas não se pode presumir que sejam pessoas com a mesma postura em relação à vida que você tenha. Provavelmente, o espectro será bem amplo, e
ao abrir o balaio qualquer coisa pode sair.
Aqui entra um detalhe que ajuda a aumentar a temperatura do ambiente, e que talvez você não tenha percebido. Você defende suas opiniões com muita convicção e firmeza. Às vezes, as palavras que escolhe são as mais enfáticas possíveis (dentro do que permite a boa educação). Assim, fica por vezes um negócio meio intimidador, que praticamente incita à polarização.
Não duvido que você se acredite genuinamente um ouvinte disposto a mudar sua postura, mediante boa argumentação… mas sua atitude é meio “combativa”. Raramente deixa um comentário “contrário” ao seu sem resposta. E falo em “riposte” mesmo, de esgrima. Defesa, devolução. Perdoe-me por isso, mas sua postura com relação a pelo menos uma pessoa (em um outro post há não muito tempo) firmou isso na minha cabeça.
Opinião por escrito é algo muito difícil de aplicar e lidar. Não há as vibrações do ambiente, não há expressão corporal, não há “feeling”. Há, por outro lado, escolha precisa de palavras e senso de perenidade… escreveu, ficou. A gente pode mudar, mas as palavras que escrevemos ficam. Tudo isso torna as opiniões por escrito muito mais “fortes” do que as orais.
Trocar opiniões por escrito por gente que a gente não conhece pessoalmente pode dar em briga. Muitas vezes dá. Especialmente no caldeirão de opiniões fortes sobre temas polêmicos.
Por isso, não discuto, não opino e prefiro apenas aprender um pouco. Tenho opiniões tão profundas, detalhadas e pessoais quanto as de qualquer um aqui, mas acho melhor observar, apenas. O fato de estarmos num “cantinho nosso” não nos isenta de responsabilidade pelo que expomos pro mundo inteiro. Ademais, ninguém, ninguém mesmo, deveria se atrever a escrever X ou Y sem antes se imbuir de cortesia, moderação, temperança e leveza. Porque aqui todo mundo é igual, todo mundo é desconhecido, e aos desconhecidos eu chego com um sorriso e um aperto de mão. Prefiro passar a vida fazendo amigos e aprendendo com as pessoas, do que imbuí-las do meu pensamento enriquecendo minha cruzada pessoal. Não dá.
Grande abraço, meu querido!
Hmmm… lendo o final, sinto que saiu de um jeito diferente do que pensei. É justamente essa a chatice de emitir opinião por escrito…
Por favor, não se ofenda. Quis dizer que eu tenho uma natureza argumentativa muito forte que inconscientemente se esforça por “trazer os ouvintes pro meu lado”. Falo de mim, não de você. É um defeito que passei a combater com muito cuidado.
O Rique falou um negocio certissimo: as palavras no palel sao exatas, nao dao chance da interpretacao que o “ao vivo” da. E Rique, mesmo com pessoas que se conhecem e arriscado!
Nao tem de que ;o)
Rique
Essa imagem que você criou, da discussão como esgrima é muito rica e colorida.
Pude visualizar o que você disse em alguns posts e comments anteriores, e isso foi bastante interessante.
É pena que você não costuma duelar conosco…
Como você sabiamente colocou, o Mauro tem o costume de incitar e dar continuidade se ocorre algum eventual toque.
Eu gosto de pensar que eu prefiro um embate eventual, cumprimentando o oponente quando ambos sentiram a intenção do outro.
Curioso!
Concordo com o Rique em número, gênero e grau. Esse sim soube escrever!