E a ONU arregou
A ONU, que supostamente existe para defender os direitos de toda a humanidade, se curvou ante a pressão dos grupos muçulmanos e agora suporta restrições à liberdade de expressão quando o assunto é religião.
Basicamente, se o assunto é relacionado religião, não pode ser criticado, o que no caso do Islamismo cobre o abuso e violência contra as mulheres, casamento de homens adultos com meninas de 10 anos de idade, linchamento de homossexuais, etc. Todas essas violações contra os direitos humanos mais básicos agora não podem mais ser criticadas ou discutidas pela ONU. Parabéns, muçulmanos, vocês agora tem carta branca para serem os bostas que são sem ter que aturar críticas de ninguém.
A rapporteur da ONU que é responsável por proteger a liberdade de expressão, uma paquistanesa muçulmana, requisitou e conseguiu que a descrição do cargo dela fosse mudada para que ela pudesse perseguir abusos contra a liberdade de expressão tais como “difamação de religiões e profetas”.
Como um colunista comentou neste artigo, isso virou o cargo de cabeça para baixo. Ao invés de criticar as pessoas que queriam matar o Salman Rushdie, agora eles atacariam o próprio Salman Rushdie.
Mas isso é apenas uma faceta das mudanças. A ONU aparentemente já começou a restringir a liberdade de expressão dessa maneira nas suas sessões, com delegados de organizações não-governamentais sendo proibídos por delegados muçulmanos de discutir assuntos como mutilação genital de mulheres, apedrejamento de mulheres acusadas de infidelidade e casamento com crianças em países muçulmanos.
E quem se fode com tudo isso? Justamente essas pobres pessoas que agora não podem ter seus casos ouvidos pelo mundo, pessoas que a ONU foi criada justamente para proteger.
Este outro artigo aqui descreve essa campanha muçulmana para proibir críticas à religião escrota deles (aliás, “religião escrota” é pleonasmo) pelo mundo todo. Alguns governos pelo mundo afora já estão proibindo críticas ao Islamismo, como por exemplo a Holanda.
Claro que não vou perder a oportunidade para criticar o Vaticano e os crentes, né? Pois segundo os artigos eles apóiam essas medidas, muito provavelmente porque podem se beneficiar delas — se não se pode criticar o Islamismo, não se pode criticar o Cristianismo também, afinal temos que ser imparciais e justos. Como se eles soubessem o significado dessas palavras. 😐
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Mauro, permita-me discordar apenas em um ponto. Mesmo sendo agnóstico, acho que dizer “religião escrota é pleonasmo” não é o correto. Eu diria “instituição religiosa escrota é pleonasmo”.
No geral, religião em si é apenas um meio que as pessoas criam para lidar com a angústia causada pela incompreensão perante ao final inexorável e a sua própria insignificância perante ao todo.
Como as instituições se aproveitam e manipulam este medo básico de forma a adquirir benefícios de diversas formas, sejam eles de bases machistas ou não, monetárias ou não, segregacionistas ou não, aí sim eu vejo o erro e a falha, que poderia ser classificada como escrota.
Apenas uma questão de semântica na verdade, mas evita problemas no discurso.
Tocha, eu tenho duas perguntinhas que preciso fazer, a primeira é curiosidade e a segunda é necessária antes de eu responder ao seu comentário:
1) você é agnóstico ateu ou agnóstico teísta?
2) o que você quer dizer quando se refere a religiões que não são “institucionais”?
1- em termos de teísmo e ateísmo, não sei exatamente como me clasificar. Não acredito que exista nenhuma entidade divina que mande, desmande e comande, mas acredito que exista um nível de interação não física entre as formas viventes que transcende nosso entendimento.
2- Estou me referindo ao conceito de religião no sentido filosófico dela, não no uso prático. Na prática, qualquer religião que seja “ativa” é instituída. Só uma religião já morta pode ser analisada em termos puramente filosóficos, como um elemento extraído do seu ambiente para ser analisado em laboratório. Como eu falei Mauro, meu comentário foi somente de base semântica.
Tocha, então você é um ateu, certo, pois não acredita em deuses.
Quanto à religião: qualquer crença no sobrenatural que faz uma pessoa ver o mundo por uma “lente” sem fundamento na realidade para mim é prejudicial.
Claro que umas são piores que outras, algumas são muito malignas (Cristianismo, Islamismo e Judaísmo), algumas são moderadamente benignas (Zen-budismo), mas todas distorcem o comportamento das pessoas de uma maneira ou de outra, fazendo com que elas tomem certas decisões baseadas em fantasia.
E isso para mim não é uma coisa boa. Eu não vejo motivo para as pessoas não poderem lidar com os seus problemas ou angústias de uma maneira que não envolva acreditar em um mundo espiritual, ou anjos protegendo a gente, ou um “plano” que faça algum sentido mas que a gente não pode entender. Só é preciso um pouco de esclarecimento e educação, mas isso só não acontece porque a humanidade está presa nas garras das religiões, que não deixam a alternativa (encarar a realidade) ser colocada como uma opção viável.
eu fui criado num ambiente católico, vivi cercado dos dogmas da igreja apostólica romana.
Hoje apesar de em alguns momentos mais tensos eu apelar pra uma reza, no fundo no fundo eu sei que no final dos tempos eu vou virar comida de barata, e olhe lá. Nada mais que isso.
O que é uma pena, e mesmo isso não me faz deixar de pensar que eu possa um dia movimentar algo com o poder da mente ou que eu tenha midcloridians no corpo, ou sei la mais o que. rs
Acho que é quase impossível, ou talvez muito difícil da gente não ter nossas emoções e comportamentos ligados a uma religião ou a um pensamento mais fantasioso.
Outro dia estava pensando justamente nisso neste ópio que é a gente ter algo que evite ou mude a nossa percepção da realidade e do nosso destino certo. por isso a religião é tão forte e nunca vai deixar de existir, este ópio cega e faz com que a gente deixe de ladocoisas iportantes, fazendo do nosso convivio algo sempre baseado em algo fora da realidade.
Agora, voltando ao post, realmente que absurdo isso e que raiva me da imaginar gente assim no mundo.
Sílvio, sonhar em ter poderes Jedi até eu sonho, mas isso não torna nada disso mais verdadeiro, né? Essas coisas são legais ou reconfortantes, mas nada mais que isso.
Infelizmente, acreditar em algo simplesmente porque faz você se sentir melhor para mim não é motivo válido. Por exemplo, você preferiria que o seu médico contasse para você que você tem cancer terminal para você poder amarrar as pontas soltas da sua vida e fazer algo de concreto com o tempo que te resta, ou que ele mentisse e falasse que está tudo bem, para você se sentir melhor?
Religião é a mesma coisa, uma mentira para você se sentir melhor enquanto distrai você das coisas aqui e agora. A gente precisa encarar a realidade e aprender a lidar com ela. Existe conforto nisso também, como acho que praticamente qualquer ateu e cético pode confirmar.