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De saída
Eu ia escrever um post mas a gente resolveu ir passear a pé aqui pela redondeza, está um dia lindíssimo. Quando voltar eu escrevo… não tinha nada importante para discutir mesmo. 😉
Manguito 0 x 1 Aikidô
Eu talvez tenha terminado de detonar o meu manguito rotador na aula de aikidô, hoje de manhã. Estava tão cansado que mal me aguentava em pé, daí acabei caindo de mal jeito acertando a cabeça e o ombro no chão.
Agora a parte posterior do meu ombro está doendo… a Lydia passou Bengay em mim, vamos ver se melhora.
Por enquanto, estou aqui me arrastando, exausto, tentando criar coragem para começar a passar aspirador na casa… ai, ai, ai…
Direto de um país em guerra
Este post não é para comentar que eu acho essa guerra completamente imoral, injustificada, indesejada e outras tantas palavras começando com “i”, mas sim para passar à vocês algumas impressões sobre o que é viver num país em guerra.
Ou melhor, para contar como é viver num país em guerra e não fazer a menor noção do que é isso. Parece até uma piada, pois já é a segunda guerra desde que vim para os EUA. Não que eu quisesse aprender, claro.
É muito estranho, se você parar para pensar nisso. Não é como se fosse uma guerra com um país vizinho e houvesse a ameaça de invasão por tropas ou de bombardeio. A luta está acontecendo quase do outro lado do mundo, contra um país que não tem a menor chance de revidar. No máximo, vão conseguir explodir alguns prédios por aqui com atentados, mas não é nada comparado ao estragos que as tropas americanas estão causando por lá.
Aqui estou eu, trabalhando normalmente… não tem sirenes tocando para avisar sobre ataques aéreos, não se houvem explosões à distância, não temos que correr para nos esconder em abrigos contra bombas.
Estamos no meio de uma mudança de endereço aqui no escritório. Eu e a Lydia já temos planos para passeios no final de semana. A programação das TVs e rádios, tirando os canais dedicados a notícias, não foi alterada. O comércio está aberto. Em nenhum momento a guerra parece afetar alguma coisa da vida cotidiana aqui.
Talvez seja essa uma das razões da facilidade com que o Jorge Moita consegue convencer o povo daqui. Ninguém vê o sofrimento, medo e a destruição que uma invasão ao seu país provoca na população. Mesmo vendo na TV, a impressão é mais de se estar assistindo a um filme do que presenciando fatos reais, de tão distantes da gente que eles estão.
Ontem à noite na CNN eles só mostravam imagens diretas da marcha do Sétimo Regimento de Cavalaria, um platoon inteiro de tanques, sobre o deserto em direção a Bagdá, enquanto os comentaristas elogiavam os soldados, o armamento, as mulheres que pilotam os helicópteros batedores, a organização das tropas, etc.
Talvez os únicos que se afetem mais sejam as famílias dos soldados que estão lá no Iraque agora, por se preocuparem com a segurança deles.
Não sei exatamente o que eu queria dizer com tudo isso. Eu não estava muito a fim de discutir sobre a guerra, pois o governo americano não parece inclinado a dar nenhuma atenção ao clamor local ou mundial, então tirando uma improvável revolta popular generalizada, a guerra vai continuar, e correr o rumo que o Moita e seus asseclas quiserem. Mas ao mesmo tempo, não podia ficar sem comentar alguma coisa… sinto um vazio dentro do meu peito toda vez que eu penso nisso, uma revolta contra a brutalidade dos governos e a estupidez generalizada da raça humana, que dá um passo para a frente e dois para trás quando se trata de perceber que está todo mundo no mesmo barco.
De mala pronta
Acabei de empacotar todas as minhas coisas aqui no serviço, em preparação para o começo da mudança neste final de semana.
Nossas baias vão ser desmontadas durante o final de semana, e transportadas para o prédio novo. Semana que vem ainda estarei por aqui, provisoriamente usando uma escrivaninha ou o chão, sei lá, até a sexta-feira, quando mudamos definitivamente os computadores.
Não estou nada animado com essa mudança. Se já não curtia o clima frio deste escritório, as novas instalações vão ser mais impessoais ainda (ou, como meu chefe diz todo animado, vão ter um “corporate look” melhor). Infelizmente, por enquanto vou ter que aturar…
Tudo ao mesmo tempo agora
Ainda estou fazendo fisioterapia para o meu manguito rotador. Está melhor, mas ainda não está completamente recuperado. Não sei quanto tempo ainda terei que continuar com a fisioterapia, mas pelo menos ele não me incomoda durante as aulas de aikidô…
…e falando em aikidô, ainda estou todo dolorido por causa das últimas aulas. Hoje à noite ainda por cima tem “graduação” do pessoal que completou o curso introdutório, então a aula vai ser super-puxada também. Ai, ai…
E para quem ainda não sabe (se isso for possível), estamos em guerra. Entre os primeiros movimentos, ontem à noite os americanos fizeram um ataque direto, usando mísseis Cruiser, ao lugar onde Saddam supostamente estava. Não se sabe se acertaram ou não, pois logo depois ele (ou um sósia, como alguns aqui presupõe) apareceu na TV iraquiana. Mais detalhes (ou menos, dependendo do ponto de vista) podem ser encontrados aqui (em inglês) ou aqui (em português).
Opa! Quase me esqueci, de novo. Ontem foi aniversário da minha irmã Juliana… esqueci de comentar antes. Falha nossa.
…e falando em incômodo
Meu sensei lá no aikidô está com mania agora de colocar a gente para treinar em grupos, com um cara no meio sendo atacado por vários outros em sequência. Com isso, ou você está no meio se defendendo, ou então está atacando (e portanto sendo jogado ao chão, levantando e atacando de novo). Sem parar. Por longos períodos de tempo.
Como cansa.
Hoje é dia de dentista
Tenho consulta no dentista daqui à pouco… na verdade é com a minha periodontista, para fazer a minha limpeza trimestral.
Eu tive um problema com gengivite que já estou tratando desde 1998, acho. Aparentemente eu tenho alguma tendência para ter isso, mesmo tomando cuidados com a higiene bucal. Depois de vários anos, algumas cirurgias e muitas limpezas regulares a cada ano, finalmente o problema parece estar resolvido. Se tudo estiver bem, a dentista vai me mandar voltar para fazer limpezas só de 6 em 6 meses.
É um incômodo ter que ficar indo toda hora ao dentista, mas acho que é melhor do que arriscar acabar assim…
Mementos
O Itiro colocou um post no blog dele que me fez pensar.
Neste último final de semana eu e a Lydia fizemos uma limpeza na papelada arquivada nos últimos anos (contas, extratos, etc). Tinha muita coisa, é espantoso a rapidez com que a papelada se acumula.
Aqui nos EUA, os bancos mandam os cheques que você passou de volta junto com o seu extrato da conta. Inclusive o cheque vale como comprovante do pagamento, se você precisar. Tinhamos cheques guardados desde 1999. Eu fui encarregado de passar tudo pelo picador de papel, e enquanto fazia isso ia olhando os cheques.
No cheque tem um espaço para você preencher com o nome do favorecido, e também um espaço para você escrever o que quiser. Normalmente ali você escreve os números da conta que está pagando, ou um lembrete do que o cheque é (no Brasil a gente costuma escrever nas costas do cheque).
Passando os cheques pela picotadora, fui relembrando a história da gente nos últimos anos, baseado no nome do favorecido e nessas descrições escritas nos cheques. Coisas que nós compramos, pagamentos de viagens que fizemos, despesas do gato com veterinário, aluguel do apartamento onde morávamos antes, tudo foi passando pela minha frente e desaparecendo na picadora…
Me deu um pouquinho de tristeza ao perceber que todos esses detalhes dessa história não iriam mais ficar documentados. Mas tudo bem, porque acho que ninguém além de nós dois mesmo iria se interessar por isso, e acho que a gente se lembra das coisas importantes. E também não dá para ficar guardando uma tonelada de papel em casa.
Mas que relembrar esse pequenos detalhes foi bem legal, isso foi.
Aniversário de casamento
Hoje faz 8 anos que me casei com a Lydia… foi numa tarde ensolarada de sábado, ao ar livre num sítio ali perto de Parelheiros.
48 horas
Deu na TV agora à pouco… o Jorge Moita deu um ultimato ao Saddam: ou ele sai do Iraque em 48 horas, ou leva bomba.
Alea Jacta Est…
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