Macacos ou não?
Achei este vídeo fascinante sobre um grupo que estuda os bonobos, aqueles macacos safados que vivem no Congo, que são provavelmente nossos parentes mais próximos (junto com os chimpanzés). O vídeo é de uma palestra que uma tiazinha deu no TED.
Pelo que a tiazinha fala no vídeo, ela sustenta a opinião que a diferença entre a gente e os bonobos é mais cultural do que genética. Depois de assistir ao vídeo, dou razão. Se ela soltar os bichos na floresta junto com os outros macacos e deixar eles lá sozinhos por alguns milhares de anos, eu não duvidaria muito que encontrariamos algo bem parecido com tribos indígenas humanas se voltássemos para olhar.
As pessoas gostam de achar que os humanos são especiais… assistam ao vídeo e me digam se ainda acham que somos tão especiais e diferentes dos bonobos. E vale à pena lembrar que esses macacos, que são praticamente humanos, estão correndo perigo de extinção. Adivinha por causa de quem?
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Kcta! Jogando Pac Man?! Pois é… e tem gente que ainda acha que os animais são somente “enfeite”… sem sentimento, sem pensamentos… Amei o vídeo.
O pior, Be, é que conheço gente que depois de ver esse vídeo, vai falar que é só instinto, que eles não são realmente inteligentes… sei porque já conversei sobre isso com essas pessoas.
Não adianta. Outro dia ouvi uma tiazinha num estábulo falar para outra que dizer que um animal tem inteligência é até um insulto ao pobre animal, porque é a mesma coisa que falar que eles são pecadores, o que todo mundo sabe que é falso porque só os humanos tem almas, portanto só os humanos tem inteligência e podem pecar. WTF?!?!?!?
A conversa não era comigo, mas mesmo com vontade de me intrometer eu fiquei na minha, porque alguém que fala um absurdo desses tem uma visão tão distorcida de como a realidade funciona que não valia a pena nem querer tentar explicar…
Não vale a pena nem gastar palavras para tentar explicar as coisas para um pessoa destas. Eu cheguei a conclusão de que seja o assunto o que for, é melhor deixar a ignorância para os ignorantes, do que tentar convencê-los do contrário. A ignorância cultural, por falta de oportunidades, pode ser vencida, mas a ignorância de “alma”… essa nasce e morre com a pessoa.