Aconteceu na segunda-feira…

Eu estava trabalhando com o Will, um dos ferradores com quem trabalho. Estávamos num estábulo conversando com a dona do lugar, quando ela falou que tinha falado com a “animal communicator” dela (daqui para a frente referenciada como “pilantra”, para simplificar).

Bom, a dona contou que ligou para a pilantra para perguntar algo sobre um dos cavalos. A pilantra então perguntou “o cavalo ainda está com você?” e ela repondeu que sim. “Ah, o cavalo estava muito doente um tempinho atrás, eu estava com medo que ele tivesse morrido”. A dona então pensou “o que essa mulher está falando, o cavalo não ficou doente coisa nenhuma”.

Nesse ponto, como eu sou ingênuo, pensei “agora sim, a mulher se ligou que a outra é uma pilantra mesmo”… ledo engano.

A dona então falou que pensou e pensou e que ela tinha dado um remédio para o cavalo por causa de umas verrugas que apareceram nele, então quem sabe isso não poderia ter sido indicação de algo mais grave, mas por sorte não aconteceu nada para o cavalo.

Pensei por um momento em comentar algo como “se a mulher tem poder de saber que o cavalo estava doente, como é que não sabia que ele não tinha morrido? Ou pior, porque não ligou avisando você para chamar o veterinário?”, mas decidi calar a boca. Ia ser perda de tempo, além de que eu não queria comprar enguiço com cliente, muito menos cliente dos outros.

Não tem jeito, né? Quem quer acreditar em baboseira acredita, não interessa se você esfregar evidência em contrário na cara deles. Os manés sempre acham uma maneira de justificar e explicar os enganos…