Wendy Wright, the face of stupidity

Sério, ela fica com essa cara a maior parte da entrevista.

Richard Dawkins se encontrou recentemente com uma tiazinha chamada Wendy Wright, de uma associação chamada “Concerned Women for America” (não vou nem colocar link para não prestigiar) que propõe, entre outras coisas, o ensino do Criacionismo nas escolas.

A entrevista de pouco mais de uma hora de duração é uma tortura para se assistir. O nível de ignorância mostrado pela tiazinha, combinado com uma máscara rígida em forma de sorriso condescendente que ela não tira da cara, causam agonia e um desejo quase incontrolável de socar em qualquer espectador com um mínimo de racionalidade. Não sei como Dawkins aguentou, eu sinceramente não conseguiria.

A tiazinha se repete constantemente, insistindo numa conspiração mundial e dizendo que não existe evidência que sustenta a Teoria da Evolução, completamente ignorando o que Dawkins fala quando ele explica que existe e onde ela pode encontrá-la. Ela também demonstra ignorância total sobre como ciência funciona e o que é “evidência”. Ao mesmo tempo inventa “fatos” e, à despeito de não ter formação científica nenhuma e obviamente nenhuma instrução séria sobre o assunto, insiste em explicar o funcionamento da ciência, da comunidade científica e do DNA para um dos maiores geneticistas da atualidade.

Por exemplo, no começo da parte 2 da entrevista, ela diz “me mostre os ossos, me mostre a carcaça, me mostre a evidência de um estado intermediário entre uma espécie e outra”. Dawkins explica que cada fóssil basicamente é um estado intermediário entre duas espécies, ao que ela retruca que então os museus deveriam estar cheios desses fósseis e dá risada quando Dawkins fala que sim, eles realmente estão. Qualquer um que já foi a um museu já viu esses fósseis, mas aparentemente na realidade que essa mulher vive, eles não estão lá. Imagino se quando ela vai ao museu, se é que vai, ela olha em volta e só vê paredes e mostruários vazios.

É o típico comportamento criacionista/fundamentalista. Essa mulher tem uma parede intransponível na frente dela, que rebate qualquer explicação que não concorda com o que ela quer, por mais óbvia que seja. Quando confrontada com as falhas, erros e inconsistências dos argumentos dela, ela simplesmente não escuta o que você diz e muda de assunto ou repete o que falou antes, como se você não tivesse falado nada.

A entrevista completa, em inglês, está dividida em uma série de vídeos de aproximadamente 10 minutos cada. Eu assisti às três primeiras partes, foi o máximo que aguentei. Se alguém conseguir assistir tudo, me avise.