Archive for January, 2008
Cincinnati ou brejo!
Amanhã de manhã parto para Cincinnati, Ohio, para participar do “International Hoof-care Summit“, uma das duas grandes convenções anuais de ferradores aqui nos EUA (a outra é a da American Farriers Association).
Eu já fui nas duas convenções, mas achei o Summit muito melhor em termos de aprendizado. Eles tem palestras e discussões o dia todo, inclusive várias sessões acontecendo ao mesmo tempo, desde manhã cedo até a noite, enquanto a convenção da AFA só tinha umas 4 ou 5 palestras meia-bocas, no máximo. Fiquei bastante decepcionado quando fui nessa da AFA no ano passado.
Vamos eu e um outro ferrador amigo meu, na picape dele. São umas 8 horas e meia daqui, mais ou menos, mas vale mais à pena do que ir de avião (além do mais, ele tem medo de voar).
Até a volta!
Cloverfield
Assistimos “Cloverfield” no cinema hoje.
A trama do filme é simples: um grupo de amigos que se reuniu para uma festa de despedida em NY tenta escapar da cidade durante o ataque de um monstro do tamanho de um arranha-céu. Só isso, basicamente.
Apesar da simplicidade da história, nós gostamos do filme. Ele mantém uma tensão enorme o tempo todo, focando a atenção nos personagens principais enquanto no fundo o monstro enfrenta o exército e a cidade é destruída. Os efeitos especiais são excelentes, e uma coisa legal é que o monstro aparece bem pouco, na maior parte das vezes só se vê um pedaço dele passar rápido pela tela. Os efeitos sonoros são de primeira, e eu recomendo assistir a esse filme no cinema, para vocês poderem aproveitar todo o efeito. Nada transmite melhor a idéia de “monstro gigante” como a sensação da sala tremendo a cada passo dele por causa do som do cinema.
O filme foi feito no estilo do “Blairwitch Project“, em estilo “documentário amador”, onde os personagens usam camcorders para documentar o que está acontecendo em volta deles. Muita gente não gostou do Blairwitch por causa do movimento excessivo da câmera e porque em muitas partes ele não convence… quem ia acordar no meio da noite e sair fugindo pelo mato com uma câmera ligada, por exemplo? No Cloverfield os personagens tem motivações mais concretas para manter a câmera rolando e o movimento, enquanto longe de ser estável, pelo menos não dá enjôo.
Assistam, mas no cinema. Em casa esse filme deve perder 95% do impacto. A não ser que vocês tenham uma destas aqui. 😛
Ah! Não adianta nem procurar na internet, porque não existe nenhuma foto do monstro online, pelo menos por enquanto. As fotos e desenhos que existem e que foram divulgadas pelo estúdio são “despistes”, o monstro é diferente.
Isso sim é que é TV
Resolvemos mandar às favas as idéias de não comprar coisas desnecessárias, não contribuir para a exploração de mão-de-obra em países do terceiro mundo, economizar recursos naturais, etc e compramos uma TV widescreen de plasma de 50 polegadas antes de ontem.
Desculpem a foto torta. Tirei agora à noite, usando flash, sem poder ficar de frente para a TV para não dar reflexo.
Por isso é que parei de ler HQ de super-heróis
Faz mais ou menos um ano e meio atrás, a Marvel decidiu fazer um daqueles eventos que afetam o universo inteiro deles, e lançou a mega-série “Guerra Civil”.
Nela, o governo cria leis forçando os super-heróis a se cadastrarem (revelando a identidade secreta deles para o governo) ou serem declarados ilegais, caçados e aprisionados. Peter Parker, o Homem-Aranha, incentivado por Tony Stark, o Homem de Ferro, revela a sua identidade publicamente na TV. Isso causa a maior complicação, obviamente, para o ineliz e a família dele (a tia May e a Mary Jane, com quem ele estava casado). E isso vem rolando desde então.
O problema é que essa zona toda acabou complicando tanto que a Marvel decidiu que não dava para continuar tocando o barco assim. Só que como é que eles iam desfazer a idéia de jirico que foi revelar a identidade do Homem-Aranha? Quem poderá nos ajudar?
A solução: o Peter Parker faz um pacto com o demônio. Sério.
Para salvar a vida da tia May, que foi baleada, Peter faz um acordo com Mefisto (o demônio do universo Marvel), que em troca exige as lembranças da vida de casado de Peter Parker. A explicação meia boca é que no fundo, no fundo, o espírito do Peter ia se lembrar do que perdeu e sofrer pela eternidade. Ceeeerto…
O resultado é que ele acorda de manhã, e os últimos 20 anos de história do Homem-Aranha não aconteceram. Ele não se casou, ainda mora com a tia May, o Duende Verde não morreu, e o mais importante, ninguém se lembra que ele revelou sua identidade na TV… os que se lembram não conseguem se lembrar da cara da pessoa por trás da máscara.
Os fãs do quadrinho estão revoltadíssimos com isso, estão propondo boicote, etc, o que não me espanta. O que me espanta é que eles não desistiram de ler essas séries antes. Todo ano, tanto a Marvel quanto a DC fazem esses eventos que bagunçam completamente os universos deles, se colocam numa situação difícil de manter e daí arrumam um jeito mágico de reverter tudo para como estava antes. Lembram da morte do Super-Homem, por exemplo, ou mesmo da desgraça que foi a saga do clone do Homem-Aranha (que por sinal aparente desapareceu junto com o casamento dele)?
Como eu disse no título do post, é por essas e outras que não leio mais HQ de super-heróis já faz um bom tempo. Cansou a minha beleza.
Transporte à moda antiga
Eu e o Pete, um ferrador amigo meu, estavamos trabalhando num estábulo hoje de manhã. O tempo está horrível, chovendo, lá fora nos pastos está uma lama danada, e além disso os cavalos não estão com muito casco, o que é normal no inverno (eles crescem pêlo ao invés de casco, então muitos não precisavam ser ferrados ou casqueados na frequência normal).
Bom, mas o importante é que acabamos o serviço bem mais cedo do que esperávamos, então a cliente nos convidou para ir até um diner para tomar café da manhã (apesar de àquela altura do campeonato já serem uma 11:00 da manhã). Como comida de graça é sempre bom e a gente não tinha mais nada para fazer depois daquela parada, nós aceitamos.
Fomos então até o tal diner lá perto da fazenda e acabamos encontrando Lee the Horselogger no estacionamento do lugar, onde ele chegou ontem à noite.
Diagnosticado com câncer, ele saiu de Montana em agosto de 2006 para atravessar os EUA em uma carroça puxada por draft horses. Chegou deste lado do país depois de um ano e planeja agora voltar para o oeste, para San Francisco, na Califórnia. Ele mora na carroça dele, que mais parece uma casinha sobre rodas. A frente da carroça é de plexiglass, e na porta tem um corte por onde ele passa as rédeas para poder “dirigir” os cavalos.
Conversamos um pouco com ele, que pareceu ser um cara bem bacana, pelo menos até onde se pode perceber em alguns minutos. Vimos os cavalos, que são da raça Suffolk Punch, pelo que ele diz muito raros (mais ou menos 1400 no mundo todo). Eu nunca tinha visto cavalos dessa raça.
Tem um vídeo de uma entrevista aqui neste link, para quem quiser assistir.
Muito louca essa vida do cara. Uma coisa posso dizer, isso é uma coisa que não se vê todos os dias.
É o lobo! É o lobo!
Nossa passagem de ano foi muito divertida. Não teve nenhuma briga, cara feia, gente jururú pelos cantos, nem nada, o que é mais ou menos tradição de natal e fim de ano por aqui (embora espero que isso tenho mudado pelo menos entre a gente e o irmão da Lydia e esposa, depois que tivemos uma conversa com eles um tempo atrás).
De qualquer forma, ontem estava todo mundo muito ocupado jogando “Werewolf“, um jogo muito divertido de intriga, fingimento, acusação e linchamento, para se preocupar com essas coisas.
Acho que o pessoal gostou, porque jogamos desde umas 23:00 até as 3:00 da manhã de hoje. Normalmente todo mundo vai embora lá pela 1:00, mas este ano a diversão era tanta que ninguém queria ir. Várias pessoas devem estar com a garganta doendo de tanto gritar…
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