Archive for November, 2005
De saída
Daqui uns minutos estaremos saindo para ir para o aeroporto… vai ser a maior peregrinação, pois vamos pegar trem, depois metrô, depois ônibus. Vai demorar montes de horas, mas não queremos forçar ninguém a nos dar carona, pois atualmente chegar até (e volter de) o aeroporto JFK é um inferno.
Vou tentar blogar do Brasil, e vou abrir os comentários para eles não precisarem de aprovação nesses dias em que eu estiver fora.
Inté! 😉
Na bagagem
Olhem só o que vou levar para o Brasil:
1) Faca de casquear
2) Cravos
3) Arrebitador
4) Ferraduras, um par de dianteiras e um de traseiras, em dois tamanhos diferentes
5) Grosa
6) Torquês
Agora, adivinhem para que estou levando isso?
Pois é, vou tirar férias de ferrar cavalo aqui para ir ao Brasil… e ferrar cavalo lá. Vou ferrar o Juruna, cavalo do de meu pai.
O resto das ferramentas que eu preciso vou improvisar com o que eles tem lá. Na cocheira onde o cavalo mora tem uma bigorna e martelos, e o cavalo já está sem ferraduras, então estou levando só o que não teria mesmo para usar. As ferramentas são ferramentas velhas que tenho como reserva (tirando a grosa que é nova), então se forem extraviadas não tem problema.
Meu pai me mandou um desenho da pata do cavalo para eu ter idéia do tamanho, então estou levando dois conjuntos de ferraduras nos tamanhos mais próximos, um dos dois servirá com certeza. O único problema mesmo é o peso na mala… 😉
Leitura da semana
E esta semana estamos lendo Huckleberry Finn, de Mark Twain, enquanto dirigimos de parada para parada.
Quero dizer, o Pete está lendo. Ele é muito bom com sotaques, então lê a história com sotaque sulista, fazendo vozes para os personagens. Infelizmente não tenho como gravar… é muito engraçado. Daria um audiobook de primeira.
Quem disse que ferrar cavalo não é cultura? 😉
E vamos para o Brasil!
Eu e a Lydia vamos para o Brasil daqui uma semana e meia.
Não falei nada ainda por duas razões: vamos ficar no Brasil só uma semana, e vamos dedicar essa semana só para ver as nossas famílias. A Lydia vai ficar com a mãe dela e eu vou ficar com meu pai e a minha irmã.
Das outras vezes que fomos, a gente corria para todo lado para tentar ver o maior número de amigos possíveis, e deixava de lado o meu pai e a mãe da Lydia. Desta vez decidimos fazer o contrário e não nos preocuparmos em correr para visitar as pessoas.
No meu caso, meu pai está ficando velho e como a gente não pode ir toda hora para o Brasil, sabe-se lá quantas vezes mais vou conseguir vê-lo. Não vou perder a oportunidade e depois me arrepender. E já faz mais de 10 anos que não vejo a minha irmã pessoalmente. Espero que vocês entendam… gostaria muito de rever o pessoal todo daí, mas não vai dar. Vai ter que ficar para uma próxima oportunidade.
O Chamado de Cthulhu, continuação
Continuando o post anterior.
Assistimos o resto do filme, finalmente. Demorou tanto porque a gente normalmente só assiste um pouco de TV (filmes em DVD) enquanto janta, e isso complica para assistir filmes mudos… precisa ficar olhando para a tela e não dá para comer. 😉
Bom, o filme é bem legal, ainda mais considerando que foi produzido, literalmente, em fundo de quintal.
O enredo segue fielmente a história, com alguma simplificações por ser mudo. Os efeitos são bem legais, por serem tão simplistas. Por exemplo, numa cena onde marujos estão desembarcando numa ilha, a água em volta do barco é uns toldos de plástico preto, sacudidos pelo pessoal fora de câmera. Pela descrição parece horrível, mas ficou bem legal. Eles também usaram stop motion para fazer as cenas com o Grande Cthulhu.
Além do filme, o DVD contém uns extras incluindo um making of do filme e as cenas cortadas, ambos muitíssimo interessantes e hilários.
Acho que valeu à pena os $22 (incluindo frete) que gastei. É mais caro do que eu costumo pagar em DVDs, mas nesse caso tudo bem… foi por uma boa causa. 😉
Segundo dia de filmagem
Continuando o post de ontem…
Hoje foi um dia mais curto, das 7:00 às 11:00, pois eles só tinham uma cena para filmar com a gente (os marinheiros espanhóis). Mas foi muito mais legal que ontem…
Não usaram aquele galão de sangue, mas em compensação “afundaram” o navio. A cena envolvia a gente na sala de máquinas durante a batalha, com o navio todo fodido e prestes a afundar. A gente estava lá, completamente sujos de graxa e fuligem, com fogo, fumaça e labaredas para todo lado, tentando manter o navio funcionando, quando chega a ordem de abandonar o navio. Daí a gente larga tudo e sai correndo.
Foi super-legal filmar essa cena. Fizemos a cena algumas vezes, depois eles vieram dar closes da gente fazendo as nossas coisas, depois tiraram fotos.
Estou bem curioso para ver como é que vai ficar depois de pronto. Se não for cortada na produção final, claro. Mesmo assim, meu amigo falou que vai me arrumar uma cópia dos masters, assim eu posso ter tudo mesmo que não apareça no filme. Segundo o diretor assistente, nós vamos receber uma cópia do DVD com a versão final do filme em julho e ele vai ser mostrado no History Channel entre julho e novembro.
E é isso. Por enquanto, minha participação no mundo cinematográfico está encerrada. Vamos ver se aparece mais alguma coisa mais para a frente. 😉
Ah, o navio no documentário é a Infanta Maria Teresa, nau-capitânea da Marinha Espanhola, que foi afundada na Batalha de Santiago, em Cuba.
Superstar!
Tá bom, não sou “super”. Hmmm… e provavelmente nem “star”. 😉
Hoje foi o primeiro dia de filmagens do documentário. Cheguei às 7 da manhã lá (tinham pedido para eu chegar às 7:30), a equipe já estava toda lá e com praticamente tudo preparado. Esses caras acordam cedo mesmo.
Eu acho que não comentei, mas fui rebaixado de posto duas vezes. Fiz o teste para capitão, meu amigo me falou que eu ia ser um oficial, mas acabei como marinheiro mesmo. Tudo bem, está valendo.
Fez o maior frio o dia todo. Eu não me incomodo muito, mas os outros extras e os atores estavam sofrendo. Os extras especialmente, já que a roupa de marinheiro não tinha muita proteção, os outros pelo menos tinham camisa, colete, paletó, etc.
Não pude tirar muitas fotos, mas tenho algumas aqui embaixo. Cliquem para ampliar.
Este é o U.S.S. Olympia, um dos únicos quatro navios daquela época que sobraram e o navio de guerra de aço mais antigo ainda em existência.
Eu, vestido de marinheiro espanhol. Tirei a foto no fim do dia, já estava todo sujo e amassado.
O acampamento da equipe de filmagem. É incrível a organização desse pessoal, parece uma operação militar.
E não sei não o que estão reservando para as filmagens de amanhã, mas boa coisa não deve ser…
Amanhã tem mais!
Lá se vai a educação pela janela
Se eu ouvir mais uma vez hoje que “Teoria da Evolução é só uma teoria, não é fato”, eu vou ter uma síncope. ”
O Board of Education do Kansas hoje mandou que os professores ensinem alternativas à Teoria da Evolução para os alunos. Que é, claro, o criacionismo disfarçado, chamado de “intelligent design”. Também mudaram a definição de ciência, que era “a busca por causas naturais para explicar fenômenos”… removeram o “naturais”.
Ouvi várias entrevistas hoje no rádio e o que mais me irritava era todos os defensores dessa papagaiada repetindo “Teoria da Evolução é só uma teoria” e falando que ela é invalidada pelos “buracos no registro fóssil”, etc, inclusive professores que dão aula para 2° grau.
Achei um vídeo excelente que fala justamente sobre esse lance de “teoria”, no site da televisão pública daqui. Tem inclusive um link no vídeo para mostrar legendas. Cliquem aqui para assistir. Para uma discussão detalhadíssima sobre Evolução (e Criacionismo), vocês podem olhar no site do Talk.Origins.
E vão se preparando para o dia em que vamos ler isto aqui nos jornais.
Filmagem à vista!
Na sexta-feira começam as filmagens do documentário o qual vou atuar.
Vou sair daqui à pouquinho, tenho que ir até Philadelphia experimentar o uniforme que vou usar para o meu papel.
Não sei como é que vai ser no dia, mas se eu puder eu tiro umas fotos para colocar aqui.
Cavaleando
Hoje fomos fazer a nossa primeira aula de equitação. Eu já tinha andado um pouco à cavalo no Brasil, pois meu pai tem cavalos (teve quatro, hoje está só com um), mas a Lydia só tinha mesmo andado em um cavalo num passeio durante a nossa lua-de-mel, num daqueles cavalos que você monta e ele vai basicamente em piloto automático.
A nossa aula foi assim (cliquem nas fotinhos para ver):
Primeiro a gente teve que escovar os cavalos e limpar as patas deles, antes de colocar a sela.
Depois colocamos a sela, cabresto, etc.
Daí levamos os cavalos para o ringue, lá fora, pois o dia estava muito bonito.
Montamos nos bichos… cuidado para não cair… 😉
Preparar… apontar…
Dirigimos eles para todo lado, para pegar o jeitinho de mover com eles, como dar os sinais para eles fazerem o que a gente queria, etc.
E zéfiní.
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