Archive for November, 2004

Os Incríveis

inredibles.jpg Contrariando a minha política de não assistir filmes da Disney, acabei indo assistir “The Incredibles” na sexta-feira à noite.

Eu não assisto as coisas deles por causa das coisas que eles fazem contra o domínio público, com o auxílio dos políticos que tem na folha de pagamento, só para manter o copyright do rato. Se fosse só o rato, tudo bem, mas acontece que eles arrastam talvez milhares de outras obras de literatura, cinema e outras formas de arte junto, negando ao mundo o direito de usá-las. Montes de coisas que estão com o copyright caducado, ninguém sabe a quem pertence ou todo mundo que podia ter os direitos já morreu estão aí, perdidas no limbo por causa da Disney.

Mas eu divago. Eu tinha uma boa causa, que era levar meus sobrinhos. 😉

Os personagens são relativamente bem desenvolvidos, embora caiam naquele moldinho que a Disney usa para os filmes dela. Os vilões, como sempre, são feios (dentes tortos, cabelo revoltado) enquanto os heróis são perfeitos, loiros, bonitos. Colocaram, claro, um negão “token” lá para ninguém poder acusar eles de racismo… posso estar imaginando coisas, mas para mim fica na cara que ele é um personagem que foi colocado lá só para estar lá mesmo, um “acessório” sem ter qualquer outro motivo.

Mas, minhas reclamações contra as idiossincrasias da Disney à parte, o filme no final das contas é muito legal. O pessoal que curte os filmes deles pode ir sem susto.

Coisas que eu aprendi no Xou da Xuxa

Aposto que esse foi o primeiro contato com assédio sexual e sexo oral que muita gente teve… 😉

Carta para o Editor, parte 1

Saiu no meu jornal local. Cliquem para ampliar:

Nunca deixa de me espantar que, num país, ou melhor, um mundo dominado por cristãos de várias denominações, esse pessoal ainda queira se fazer de mártir, insistindo que são perseguidos e ridicularizados por “christian haters” onde quer que vão.

O que eles acham que as pessoas que estão por aí “explorando” o Natal são? São cristãos também, igual à eles.

A tiazinha também perde pontos pela falta de pensamento próprio, ao repetir (sem parar para pensar) que sem a religião (deles, claro) o mundo seria um inferno, sem qualquer tipo de base moral ou código de conduta civilizado.

Viagem para Lowell

A cidade de Lowell, que fica no estado de Massachusets, tem uma história muito interessante.

Foi cidade pioneira da Revolução Industrial, fundada em 1821 como local da vanguarda da indústria têxtil nos EUA, utilizando a força das águas do rio Merrimack para mover as máquinas que produziam tecido à partir do algodão trazido do sul.

Durante anos foi um modelo de desenvolvimento técnológico e social, até que seu sucesso causou a sua queda: a concorrência, inspirada pelo sucesso do modelo das indústrias de Lowell, forçou a redução dos preços, corte de salários, aumento das horas de trabalho e a queda da qualidade de vida, o que espantou as mulheres Yankees que até então eram parte predominante da força de trabalho, dando lugar para os imigrantes de várias procedências. Isso mudou para sempre a personalidade da cidade por causa da miscigenação cultural.

A história de Lowell é muito mais detalhada do que eu poderia resumir em um blog, especialmente no tocante às mill girls, as mulheres que operavam as máquinas. Elas vinham de fazendas procurando trabalho, educação e independência financeira, e foram pioneiras dos movimentos de igualdade de direitos das mulheres.

Nós passeamos pelos museus, vimos bastante coisa e achamos muito interessante que, no início, a Revolução Industrial nos EUA realmente ocasionou um aumento de qualidade de vida. Essas mill girls, apesar de trabalharem pesado, ganhavam dinheiro, estudavam e se educaram, tinham contato com o que havia de mais interessante na época em termos de eventos culturais, formavam comunidades, publicavam revistas e jornais, escreviam ficção, poesia, artigos políticos e trabalhistas, etc. Eu comprei até um livreto sobre isso para ler com calma quando voltasse para casa.

Mais detalhes sobre a história da cidade, para quem estiver interessado, podem ser obtidos neste link.

Tirei poucas fotos, pois estava sempre esquecendo de levar a câmera comigo… mas aqui estão as melhores que eu tirei. Clique nas imagens para ampliar.

A casa onde ficamos:

Detalhes… corrimão, radiador, porta do sótão onde o irmão e o primo da Lydia estavam refazendo a fiação elétrica, um crucifixo na cozinha, pouco acima da altura da mesa, já até pintado por cima:

Mais detalhes… uma plantinha na frente da casa, o gato deles, o anoitecer visto da porta de entrada:

O centro de Lowell:

De volta

Chegamos em casa faz pouco menos de uma hora, cuidamos dos gatos, separamos a correspondência, desfizemos as malas, etc, etc.

Amanhã escrevo algo sobre a viagem.

Bye, bye, papagaios

Não, não mandamos eles embora. :-)

Amanhã é feriado, então vamos aproveitar o final de semana prolongado para viajar para Lowell, o mesmo lugar onde fomos passar o Natal do ano passado.

Nós acabamos de deixar os papagaios numa loja de animais aqui perto que também hospeda papagaios. Eles vão passar o final de semana prolongado lá e voltam para casa no domingo à tarde.

Eu achei esse lugar meio por acaso, nas andanças para ir de uma fazenda e outra. Como eles se especializam em animais e pássaros exóticos, decidi parar para ver e fiquei sabendo que eles também hospedavam pássaros.

Foi uma grande descoberta, pois agora podemos ir viajar tranquilos quando quisermos, sem termos que nos preocupar. O problema é o custo… sai $2 por dia. 😛

Presente de Natal adiantado

O Bob, o ferrador com quem trabalho, me deu isto aqui ontem, como presente de Natal adiantado (cliquem para ampliar):

É um “one-handed foal nipper“, um cortador de casco para ser usado com uma mão só.

Quando você corta o casco de filhotes ou de pôneis pequenininhos, muitas vezes não consegue segurar a perna do animal entre as suas, então precisa agachar, segurar a pata com uma mão e cortar com a outra, o que é difícil com a ferramenta normal, que é mais comprida e não tem aquelas alças para enganchar os dedos.

Já usei ontem mesmo… funciona legal. :-)

Traição na Casa da Colina

Fiquei com vontade de fazer uma resenha de jogo… eu costumava fazer resenhas para um mailing-list do qual fazia parte, mas aqui no blog o máximo que fiz foi descrever brevemente alguns jogos que joguei no ano passado.

Aproveitando o restinho da animação do Boardgame Rodeo, eu estava com vontade de falar sobre um jogo que comprei recentemente, “Betrayal at House on the Hill“.

bahoth.jpg

No BaHotH, cada um dos jogadores controla um investigador, perambulando pela casa para descobrir a fonte do mal que habita nela. Durante algum ponto do jogo, um dos jogadores desperta esse mal e vira um traidor. À partir desse ponto, ele joga contra todos os outros jogadores. Existem 50 cenários diferentes, com cada um dos lados (o traidor e os heróis) tendo objetivos diferentes à cumprir para ganhar o jogo.

Para ler o resto da resenha, clique abaixo.

(more…)

Deixados de fora

Eu não andava visitando os blogs do pessoal desde que fechei o meu, porque tive um problema com o meu leitor de RSS. Arrumei isso hoje e já fiz a ronda pelos blogs.

Acabei descobrindo que algumas pessoas colocaram posts nos blogs deles lamentando o fechamento do meu. E outras pessoas deixaram comentários nesses posts falando que também liam meu blog e ficaram chateadas porque eu o fechei, mas não sabiam como entrar em contato comigo.

Quando eu mandei os e-mails sobre a reabertura do blog pedindo para o pessoal me mandar senhas para cadastramento, eu acabei deixando bastante gente de fora. São pessoas que liam o blog mas não costumavam deixar comentários, e se eu não tinha os endereços deles no meu address book eu acabei esquecendo. Mas eu gostaria que elas também pudessem voltar a ler o blog se quisessem.

Por favor, então, se vocês souberem de alguém que costumava ler o meu blog mas não recebeu meu e-mail, sintam-se à vontade para pedirem para eles me escreverem no endereço voivoed@hotmail.com.

Eu só peço que vocês não saiam publicando posts avisando que eu voltei, pois o pessoal da família da Lydia lê alguns dos blogs de vocês, e foi justamente para escapar deles que eu mudei o endereço do blog e coloquei senha.

Obrigado pela ajuda! :-)

O Homem Elefante

Hoje foi dia de ir ao teatro… fomos ao Centre Theater, em Norristown, assistir “The Elephant Man“, estrelado pelo Pete, um dos ferradores que trabalham comigo.

O Pete faz o papel do Dr. Treves, o médico que resgata o Homem Elefante e cuida dele. Olha ele na foto do cartaz da peça, abaixo (clique para ampliar).

Gostamos muito da produção da peça. A história é muito tocante e usa o Homem Elefante para provocar a discussão do que é ser humano, e se a gente está fazendo um serviço às alturas. Vale apontar que o Homem Elefante e as pessoas envolvidas na peça realmente existiram… a peça é calcada em fatos reais.

O ator que fez o papel do Homem Elefante merece destaque. A caracterização dele não usa nenhuma maquiagem, somente expressão corporal e a voz para passar para a audiência as deformidades, as dificuldades e o tormento do Homem Elefante. A voz, especialmente, impressiona e emociona a gente. Não dá para explicar como é que ele faz.

Infelizmente, nem mesmo se algum de vocês morasse aqui perto, não daria mais para vocês assistirem: hoje foi o último dia da peça.

Go to Top