Archive for May, 2003
Hoje é festa, na floresta…
Hoje a bicharada está em polvorosa… talvez por causa da temperatura amena, eles todos resolveram sair das tocas. Começou com a tartaruga de hoje à tarde.
Fomos à Barnes & Noble comprar um livro e, agora na volta, passamos por um bando de veados todos apertados numa vala ao lado da rua, que só vimos quando já estávamos em cima. Ainda bem que eles não resolveram pular para o meio da rua naquela hora.
Uns 200 metros mais para a frente, uma raposa pula bem na frente do carro e atravessa a rua carregando alguma coisa roubada na boca.
A chave de ouro foi chegar na esquina de casa e ver um destes bichos aqui, parado na calçada. Sério. 😉
Devagar e sempre
Voltando para casa do serviço, hoje à tarde, vejo isto aqui andando ao lado da rua… clique para ampliar.
É uma “snapping turtle“, nativa desta região. As características marcantes dessa tartaruga são o rabo grande, a casca pequena para o tamanho do corpo, e a cabeçorra junto com as possantes mandíbulas que, quando pega a mordida, causam um estrago… quando elas estão bravas e tentando morder, a boca faz um estalo (o tal “snap”) ao fechar que dá até medo.
Essa não era muito grande, e também ficou com a cabeça encolhida quando eu cheguei perto… mas elas chegam a ficar imensas.
Eu mesmo já carreguei uma no ano passado que devia ter uns 1,5 metros da ponta do rabo ao focinho. Tive que tirar a bicha do meio da estrada para ela não ser atropelada, mas quem disse que ela cooperava? Tentava me morder de todo jeito, me unhava (tem umas unhas animais também), foi o maior problema. Imaginem a dificuldade em carregar um monstrengo grande e pesado desses enquanto se desvia das mordidas e das patadas…
Tortura
A Lydia me ligou agora.
– Eu saí agora na hora do almoço e comprei um presente para você.
– Presente? Oba!
– Só que eu comprei para te dar no seu aniversário…
Caramba, ainda falta mais de um mês e uma semana! Agora eu vou ficar agonizando de tanto querer saber o que é…
Depois da consulta
Fui ao médico ontem à tarde. Aparentemente não tenho nenhuma doença exótica, é apenas uma sinusite que resolveu fazer hora extra.
Já estou tomando os remédios apropriados, segundo o médico eu devo melhorar rapidinho.
Update: esse xarope que estou tomando me dá um sono… ZZZZzzzz….
Ainda estou dodói
E não é que essa gripe, ou sei lá o que é, não passa? A esta altura deve ter virado pneumonia. Desde terça-feira passada que eu estou sem voz, tossindo e cuspindo catarro verde.
Tenho acordado (e mantido a Lydia acordada) durante a noite com ataques de tosse. Não adianta muito tomar xarope, acho que ficar deitado atrapalha. Ontem dormi parte da noite sentado na cama, para poder parar de tossir, depois da Lydia ter me forçado um chá quente, mel e limão goela abaixo. Ela, coitada, não aguenta mais ficar acordada a noite toda.
Meu médico ainda está de folga, só vai voltar ao trabalho amanhã. Marquei consulta com ele para as 14:45, o único horário vago. Vou ter que sair cedo daqui do serviço, mas paciência.
Bagel Lady de volta à ativa
A Bagel Lady apareceu aqui hoje, com sua cesta de bagels, de volta à rotina normal. Aproveitei para perguntar direitinho o que aconteceu com ela.
Ela teve foi um derrame cerebral. Ficou 12 dias hospitalizada até eles conseguirem entender o que aconteceu. Foram duas as coisas interessantes que ela me contou, uma foi a causa do derrame e a outra foi a experiência dela durante a duração do mesmo.
O derrame foi causado por uma ruptura espontânea (i.e. sem motivo aparente) da carótida dela. O rasgo provocou um coágulo que bloqueou o fluxo do sangue para o cérebro dela, e ocasionou dano cerebral felizmente restrito a 3 pequenos pontos não especialmente importantes, pois não deixou nenhuma outra sequela. A coisa chata é que os médicos não tem idéia do porque que isso tudo aconteceu.
O mais interessante foi a descrição dos acontecimentos durante a uma hora que durou o derrame. Segundo a Bagel Lady, ela não sentiu dor alguma nem perdeu os sentidos. Apenas… ficou burra.
Tão burra, aparentemente, que só foi se dar conta do que tinha acontecido depois que terminou o derrame e o cérebro começou a funcionar direito novamente.
Ela estava se preparando para ir num passeio de bicicleta (ela é ciclista aficcionada), quando a partir de um certo ponto ela começou a não conseguir se expressar direito, falava as frases pela metade. Também começou a ter alguns problemas de coordenação motora, mas continuou com os preparativos para o passeio mais ou menos normalmente.
A partir de certo ponto o cérebro dela voltou a funcionar de novo, mas ela foi se virar e a perna direita dela não respondeu. Aí ela percebeu tudo o que tinha acontecido. Aparentemente o raciocínio dela foi tão afetado que ela não conseguia perceber que tinha algo errado, simplesmente ia compensando pelo que ia parando de funcionar. Quando recuperou o uso da razão ela sentou e começou a chorar.
O marido, que estava com ela por todo esse tempo, notou algumas coisas estranhas mas, assim como ela, não percebeu a gravidade da situação. Quando ela começou a chorar e falou o que estava acontecendo, ele a levou para o hospital (mas ela ainda trocou de roupa sozinha, pois a essa altura já estava funcionando normalmente).
A nossa vida é uma coisa besta, não? Num minuto a gente está ali amarrando o tênis para sair de casa fazer os exercícios habituais, no outro está tendo um derrame e nem percebe. E depois vem o pessoal dizer que o corpo humano é uma coisa perfeita… o bagulho só dá problema!
Últimos comentários